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Biografia de Louro Santos e o Forro da Malagueta

O gênero forró eletrônico - como muitos acreditaram - não foi um fenômeno passageiro e Louro Santos, que acompanhou seu surgimento e fortalecimento, alçou vôo solo para uma carreira independente e fundou o Forró da Malagueta, que chega às praças do Nordeste com seu quinto CD e seu segundo DVD Louro Santos Forró da Malagueta, que chega às praças do Nordeste com seu quinto CD e seu com seu quinto CD e seu segundo DVD Louro Santos Forró da Malagueta ao Vivo em Bayeux-PB, para um público de 40.000 pessoas. “Hoje eu chorei em seu quarto , ao ver seu retrato lindo, na parede, é tanta saudade que no peito invade amor, grito seu nome ….”, é a música de trabalho deste CD e DVD (que tem nessa música a participação do seu filho Víctor Santos de apenas 11 anos) e é quase um marco na carreira do artista, que já tem quinze anos de estrada, desde que estreou no Recife, como vocalista da banda Arretados do Forró. A música supracitada, RETRATO, que está entre as mais executadas em rádios de todo o nordeste, mostra um estilo diferente, tipo “forró romântico”, mais sacudido, o que dá mais abrangência ao estilo adotado pelo compositor, que se tivesse que ser definido, em poucas palavras seria O Romântico do Forró.

Esse novo trabalho leva sempre a marca da banda, LouroSantos e Forró da Malagueta que chega com novas composições e traz ainda novas versões para forrós mais antigos, que estão na memória auditiva dos seus fãs: Tá na Cara, Amigo é Pra Essas Coisas, Na Hora H, Ana e Não Sou Feliz. Entre as inéditas estão essas de estilo mais ligeirinho e de temática mais descontraída, como Tic Dom (tô a fim de um aeroporto pra pousar meu avião/ pode ser aí com essa morena, que é linda/ ou essa galega que é pressão). Na Base da Lapada foi escolhida por Louro Santos para representar seu lado hitmaker: paralelo ao trabalho com sua própria banda, ele faz músicas para bandas como Calcinha Preta, Banda Calypso, Saia Rodada, Companhia do Calypso, Geraldinho Lins e para estes grupos ele reserva sua capacidade de compor letras que atingem em cheio o gosto do povão, e num instante viram hits. O novo álbum de Louro Santos e Forró da Malagueta é uma edição de vários registros de shows ao vivo feitos pelo cantor em várias cidades da Paraíba e Rio Grande do Norte, territórios por enquanto mais aprazíveis para o forró xoteado e romântico do compositor, que pretende agora tomar as praças de Pernambuco e de todo o Nordeste. “Essa vai para os apaixonados” ou “Vou tocar seu coração em forma de canção”, gosta Louro de mandar nos shows, antes das músicas.

A verdade é que ele próprio é o maior apaixonado desta história, e o sentimento explode não só nas letras das canções, mas no seu modo de cantar, com um timbre rouco que vai do grave ao agudo, numa interpretação tipo “rasgada”, completamente entregue ao que canta. No acompanhamento, sua banda mescla acordes mais tradicionais do forró - fazendo uso de sanfona e percussões - com um lado mais pop, seja das guitarras soltas, dos arranjos de teclados ou da sofisticação da flauta de César Michiles, também parceiro de Louro Santos nos arranjos das músicas.

É uma banda pronta para suprir a lacuna das bandas de antigamente, quando começou o forró eletrônico, onde as bandas não precisavam apelar para conquistar o público. Faziam isso como Louro faz agora: romantismo à cima de tudo, um discurso direto na linguagem do povo, e muito molho musical com os ritmos mais variados da dança a dois.