Nascido em Uberaba, MG, Paulo Marquez (ou Marques) é um dos onze filhos de Maria Marcelina da Silva e Francisco Bernardo Marquez. Ainda bem jovem, usando seu nome de batismo, começa a cantar nas tradicionais festas de família e da escola, sonhando ser cantor de rádio. Em 1946, aos dezoito anos, ainda sem receber remuneração, inicia sua carreira radiofônica na Rádio Sociedade do Triângulo Mineiro, após obter o primeiro lugar em um programa de calouros realizado pela emissora. Na mesma época, trabalha como crooner da orquestra de baile do Uberaba Tênis Clube. Numa das apresentações da orquestra, o cantor chama a atenção de Waldomiro Constant, músico que o leva para a Rádio Guarani, de Belo Horizonte. O diretor artístico da rádio, Rômulo Paes, batiza-o com o nome definitivo de Paulo Marquez e oferece-lhe um programa na emissora.
Ainda em Belo Horizonte, o cantor torna-se atração da Rádio Inconfidência. Em fevereiro de 1955 estréia no Programa Carlos Henrique, da Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro. Faz participações também nas programações das rádios Mundial do Rio de Janeiro e Nacional de São Paulo. Em 1956 grava seu primeiro disco, um 78 rpm, com o samba Praga, de Fernando César, num lado, e João da Silva, de Cícero Nunes e Américo Seixas, no outro. A gravadora é a Columbia, onde Paulo Marquez lança dois excelentes LPs, o primeiro em 1958, "Orgia de Samba", acompanhado pelo Regional do Canhoto, e o segundo em 1959, "Doutor em Samba" (considerado pela crítica como sua obra prima), somente com músicas de Billy Blanco e arranjos de Radamés Gnattali. Paulo Marquez lançou mais dois LPs pela Chantecler, um pelo selo Albatroz, um pela Phillips (disco da Bienal do Samba) e, finalmente, em 1974, juntamente com Carmem Costa, seu último LP, pela Gravadora Marcus Pereira, contendo apenas músicas de Paulo Vanzolini.
