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Biografia de Pedro Morais

O cantor, compositor e violonista mineiro Pedro Morais aprendeu tudo sozinho. Aos sete anos, dedilhava o bandolim com intimidade, mas se sentia intimidado na hora de soltar a voz. "Meu negócio sempre foi tocar... Mas meu pai insistiu tanto que comecei a me soltar e a pegar gosto pela coisa". Sábio pai que, em 1999, viu o filhão ser eleito melhor intérprete do Festur (Festival de Turmalina), com uma música autoral.

Pouco tempo depois, já familiarizado com um segundo instrumento, o bandolim, passa a freqüentar rodas de chorinho e samba-canção, tornando-se o mais jovem bandolinista da região.

Nessa época, começa a acompanhar os pais, Vânia Morais e Dalton Magalhães, em festivais regionais, habituando-se aos palcos.

Aos 11 anos de idade, retorna à cidade natal onde vem morar com a avó paterna e continuar o colegial.

Retoma o interesse maior pelo violão e aos 14 anos passa a se apresentar em bares.

Nessa mesma época, Pedro Morais também integrou uma banda de MPB-Rock, o que veio a contribuir para seu amadurecimento artístico-musical.

Já em 99, acostumado a acompanhar-se ao violão na condição de intérprete, Pedro Morais chega às finais do 16.º FESTUR (Festival da Canção de Turmalina) e fatura o prêmio de melhor intérprete, cantando ‘Discriminação’ de sua própria autoria, além de faturar o segundo lugar geral com a música ‘Languidez’, de seu pai.

No ano seguinte, é convidado para o projeto Viva a Praça – Cantores, do BDMG Cultural, e é um dos vencedores do Conexão Telemig Celular 2004 – Novos Talentos na Música Mineira, participando do CD do projeto com as músicas “Minha Loucura” e “Muito Mais” –esta última, com participação especial de Marina Machado.

Depois disso, ele participou de outros festivais da região e dividiu o palco com gente do calibre de Paulinho Moska, Curumin, Max de Castro, Otto, Toninho Horta, Vander Lee, Jorge Vercilo, Beto Guedes, Ângela RoRô, Marina Machado, Ná Ozzeti e Tiê.

Nascido em Belo Horizonte e criado na pequena Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, Pedro se diz "um cara simples" e apaixonado pela música. Já quis ser publicitário, adora fotografia, é fã de Caetano Veloso e Novos Baianos e transparece em seu trabalho um misto de intensidade e melancolia. Até o fim de setembro, ele lança seu segundo disco (Sob o Sol) e promete shows de divulgação em Belo Horizonte e São Paulo.

Apesar de não simpatizar com rótulos, Pedro Morais já é apresentado por aí como integrante dessa "nova geração" da MPB.

O cantor Pedro Morais, natural de Belo Horizonte (MG) vem se destacando na cena da MPB mineira. Dono de uma voz privilegiada, de timbre incomum, com um médio-grave singular, Pedro Morais vem conquistando respeito em suas apresentações, que desde 1997 tem uma média de 100/ano por quase todo o Estado e capital mineira.

Em 2003, com o propósito de divulgar seu nome junto aos formadores de opinião, críticos musicais, diretores artísticos de rádios e gravadoras, Pedro Morais resolve gravar seu single-demo ao lado dos amigos e parceiros Kadu Vianna, Magno Mello, Eduardo Toledo e Wladmir Garcia.

O cd possui quatro faixas e foi gravado no estúdio Navegador (BH), sendo elas: a releitura de ‘Luiza’ do maestro Tom Jobim, música em que Pedro é acompanhado pelo violonista Renato Saldanha numa atmosfera intimista em que é possível apreciar todo o seu talento às claras; na seqüência, ‘Passional’, do colega Vander Lee, um samba maroto que o remete ao seu atavismo; seguindo, vem a parceria com outra grande revelação da MPB, Magno Mello ‘Muito mais’, uma música brasileira com fortes lastros de Camaron de La Isla e Piazzola.

E pra fechar, ‘Sei de mim’, canção de qualidade que, às vezes, soa pop, mas sem baixar o nível e nem apelar para as paradas bregas radiofônicas.

Pedro Morais contou ainda com as portentosas participações de Serginho Silva (percussão), Aluísio Horta (contra baixo), Eduardo Toledo (guitarra), Arthur Rezende (bateria), Jelber Oliveira (piano e acordeon) e Kadu Vianna (violão), com produção artística de Wladmir Garcia e direção de estúdio de Magno Mello e Eduardo Toledo.

Sem fins comerciais, o material fonográfico vem atendendo bem às expectativas. Haja visto, o convite que Pedro Morais recebeu para participar do cd comemorativo dos trinta anos da parceria de Luiz Nelson e Luiz Guaritá, que tem a produção de Carlos Ribas e também como convidados, Toninho Horta, Juarez Moreira, Renato Motha, Kadu Vianna, Marina Machado e Alda Rezende.

Seu CD de estréia, homônimo, foi produzido a seis mãos, pelo baiano Luiz Brasil, o mineiro Flávio Henrique e pelo próprio Pedro, com lançamento pelo selo + Brasil Música, que tem direção artística do produtor Maurílio “Kuru” Lima e do jornalista, produtor e curador musical Israel do Vale, criador do projeto SamBaCana Groove (onde atua sob o codinome de dj anônimo).

Com 12 faixas (11 autorais e uma gravação à capela de “O Mestre Sala dos Mares”, de João Bosco e Aldir Blanc), conta com a participação de grandes instrumentistas brasileiros como Alberto Continentino (baixo), Egler Bruno (guitarras), Lincoln Cheib (bateria), Luiz Brasil (violões), Paulo Calazans (teclado), Ricardo Fiúza (piano e teclado) e a participação internacional do sueco Stephan Kurmann (baixo acústico), dentre outros.

“Uma das características que guiou o processo de arranjo do disco inteiro foi o violão. A voz e o violão foram o guia. Isso foi muito bom porque respeitou minha personalidade musical e, ao mesmo tempo, deu a cada uma das músicas uma particularidade”, conta Pedro.

Lançado em maio de 2006, com distribuição da Tratore, em dois shows com ingressos esgotados, o CD conquista público e crítica no estado e firma o nome do artista como uma das grandes revelações da MPB contemporânea.

A partir daí, Pedro faz apresentações em importantes eventos e projetos, como o show de 70 anos da Rádio Inconfidência, 35 anos do Palácio das Artes, Conexão Telemig Celular e Música Independente (onde teria, até aquele momento, o maior público da história do projeto), além de apresentações em diversas cidades do interior de Minas.

Nesse período, Pedro divide o palco com artistas reconhecidos do cenário da música mineira e nacional, como Vander Lee, Max de Castro, Paulinho Moska, Toninho Horta, Beto Guedes, Flávio Venturini, Ná Ozzetti, Simone Guimarães e Flávio Henrique.

Para escrever as canções que compõem seu CD, Pedro Morais buscou inspiração em nomes como The Beatles, Novos Baianos, Cássia Eller e Tom Zé. A maioria das composições
é fruto de parcerias com nomes da cena emergente mineira, como Magno Mello e Kadu Vianna, e trazem à tona a profundidade do processo de criação do artista.

“Minhas composições resultam de algum tipo de sofrimento, de um questionamento, um embate. Sempre que estamos em conflito surgem idéias que se transformam em um processo natural de criação”, conta.

Como toda carreira sólida, sóbria e bem sucedida demanda tempo e persistência, Pedro Morais vem trabalhando nessa seara, convicto de que a boa música nunca passa, que não compensa corromper ao mercado e que vale a pena persistir!