×

Biografia de Pereira Matos

Deusdedith Pereira Matos
1910 Rio de Janeiro, RJ
12/6/1966 Rio de Janeiro, RJ

Iniciou a carreira artística no começo da década de 1940, e suas primeiras composições foram gravadas pela dupla Joel e Gaúcho que em 1942, gravou o samba "Primeira escola", com Joel de Almeida. Ainda em 1942, teve o samba "Chorar é meu consolo", com Biga, gravado por João Petra de Barros na Victor. Em 1943, a dupla Joel e Gaúcho gravou o samba "Choro!", com Carvalhinho, e Nilton Paz registrou a marcha "Mulher", com Roberto Roberti, e o samba "Depois que despertei", com Pedrito.

Em 1944, o samba "Está na hora", com Neneco, foi gravado por Joel e Gaúcho na Odeon. No mesmo ano, fez com Janet de Almeida, a marcha "Não quero a mala" e o samba "Lá vai ela chorando" lançadas na Odeon pela dupla Joel e Gaúcho. Teve ainda os sambas "Tudo é nostalgia" gravado por Nelson Gonçalves, "Liberdade", com Manoel Vieira, registrado por Marília Batista, e "Pobre coração", com Bola Sete, lançado por Cyro Monteiro, os três pela Victor.

Em 1946, conheceu grande sucesso carnavalesco em mais uma gravação da dupla Joel e Gaúcho, a marcha "Mulata (Rainha do meu carnaval)", com Felisberto Martins. No mesmo ano, os sambas "Santo Antônio amigo", com Neneco e A. Gomes, foi gravado por Cyro Monteiro, e "Muitos amores", com Ari Monteiro, por Nelson Gonçalves, ambos na Victor. Em 1949, fez com Geraldo Gomes, o samba "Tanto bate até que fura" que foi gravado por Nelson Gonçalves na Victor.

Em 1950, Zé Gonzaga, irmão de Luiz Gonzaga gravou na Odeon a marcha "Cabelo couve-flor", com Diomedes Tavares e Airton Amorim. Em 1951, sua marcha "Garnizé", com Hermes Amorim, foi gravada por Zilá Fonseca em disco do selo Carnaval.

No mesmo ano, e também no mesmo selo, foram gravadas mais três composições suas: a marcha "Está faltando um", com Ciro de Souza, por Rinaldo Calheiros, e os sambas "As crianças estão chorando", com Buci Moreira, por Venilton Santos, e "Dor de uma saudade", com Dias da Cruz, pelo cantor Jeová. Teve também a marcha "S. M. Imperador", com Abigail Moura, gravada na Odeon por Abigail Moura.

Em 1952, o samba "Sempre vivemos em paz", com José Pereira, foi gravado na Victor por Nelson Gonçalves. Em 1953, a marcha "Morena pecado", com Mário Rossi, foi gravada por Orlando Silva pela Copacabana. No ano seguinte, o mesmo Orlando Silva gravou a marcha "Dona Light", com Hélio Malta e Bola Sete, também pela Copacabana. Em 1955, o cantor Joel de Almeida gravou o samba "Mulata (Rainha do meu carnaval)", com Felisberto Martins, incluído no LP "Cantando para você" da Odeon.

Em 1960, o samba "Dor de uma saudade", com Dias da Cruz, na interpretação de Jehovah, foi incluído no LP "Tudo é carnaval Nº 2" do selo Carnaval/Copacabana com gravações de diversos artistas. No mesmo ano, o LP "Tudo é carnaval Nº 1" do selo Carnaval/Copacabana incluiu a marcha "Está faltando um", com Ciro de Souza, na voz de Rinaldo Calheiros.

Em 1964, o samba "Chorar pra que", com Oldemar Magalhães, na gravação de Gilberto Alves foi incluído no LP "Os grandes sucessos de Gilberto Alves" da gravadora Copacabana. Nesse ano, a marcha-rancho "Meu rouxinol", com Mário Rossi, foi gravada pelo grupo vocal Os Rouxinóis no LP "O rancho dos Rouxinóis" da gravadora Copacabana. Em 1966, foi parceiro de Zé Kéti naquele que seria o seu maior sucesso e um clássico da música popular a marcha-rancho "Máscara negra" gravada originalmente pelo grupo The Killers no selo Atonal.

Em 1967, essa marcha-rancho conheceu sua gravação mais famosa e que a tornou um grande sucesso daquele carnaval ao ser lançada por Dalva de Oliveira no LP "A cantora do Brasil" da Odeon. Ainda no mesmo ano, receberia gravações de André Penazzi no LP "A volta de André Penazzi" da Philips; Meirelles e Sua Orquestra no LP "Brazilian beat - VOL. 2" da London/Odeon; a Bandinha Jovem no LP "A banda na praça" da CBS; - Moacyr Silva, Conjunto e Coro no LP "Carnaval de boite - Nº 4" da Copacabana; Mário Zan no LP "Mário Zan e seu Acordeom" do selo Som Maior, e Paulinho Nogueira no LP "Sambas e marchas da nova geração" da RGE, além de duas gravações ao vivo: "A Banda do Canecão" da Polydor com a Banda do Canecão em gravação no Canecão, no Rio de Janeiro, e "Baile de gala - Teatro Municipal do Rio de Janeiro" da Mocambo, gravado ao vivo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1968, a marcha-rancho "Máscara negra" conheceu mais duas gravações: de Aloísio Figueiredo no LP "Aloísio toca para você", uma gravação independente, e de Luis Bordon no LP "Tangos para você" da Chantecler. Ainda em 1968, o grupo Os Cinco Crioulos composto por Anescar do Salgueiro / Élton Medeiros / Jair do Cavaquinho / Mauro Duarte e Nelson Sargento gravou o samba "Primeira Escola", com Joel de Almeida, na interpretação de Mauro Duarte para o LP "Samba no duro Vol. 2 - Os Cinco Crioulos" da Odeon.

Em 1969, os grupos vocais As Gatas e Vocalistas Tropicais gravaram "Máscara negra" no LP "Carnaval da pilantragem" da Hot/Rioson. Em 1975, o trio Os Três Morais gravaram "Máscara negra" no LP "Marcha-rancho - Sucessos antológicos" da Continental. Em 1978, a cantora Cláudia Moreno gravou "Máscara negra" para o LP "Carnaval não é brincadeira! - Disco 1" do selo Marcus Pereira. Na década de 1980, sua valsa "Tudo é nostalgia", deu título ao LP lançado pelo selo Revivendo com gravações de Nelson Gonçalves e Carmem Costa.

Com músicas gravadas por diferentes artistas, seu nome ficou marcado na história de nossa música popular basicamente pela parceria com Zé Kéti na marcha-rancho "Máscara negra".