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Biografia de Sentenced

Sentenced foi uma banda da Finlândia formada em 1989 na cidade de Muhos. A banda acabou em 2005.

O Sentenced começou no Death Metal; depois teve uma fase, a meio da carreira, que pode ser rotulada de Death Metal Melódico; a última, e mais predominante do meio para o fim da carreira, foi a que rotulam de Gothic Metal.

Mas, como já dito, depende de cada álbum, pois mesmo na chamada fase "Gothic Metal" há álbuns que soam diferentes, com elementos diferentes, com sonoridade mais madura e coesa.

O Sentenced iniciou sua carreira em 1988 sob o nome de Deformity. No entanto, um ano depois, após mudanças na formação, decidiu-se trocar o nome também para aquilo que conhecemos hoje: Sentenced. Três dos membros originais da banda permaneceram até o seu fim: Miika Tenkula (guitarra e, no início, vocal), Sami Lokappa (guitarra) e Vesa Ranta (bateria. O baixista, posto mais "mutante" da banda, era, na época, Lari Kylmänen. Com esse line-up, foram gravados dois registros demo: When Death Joins Us, em 1990, e Rotting Ways to Misery, em 1991. Com o primeiro, conseguiram contrato com o selo francês Thrash Records.

Ainda em 1991, Taneli Jarva foi convidado a entrar na banda, substituindo Kylmänen. Em vias de gravar aquele que seria seu debut, Shadows of the Past, o estilo do Sentenced ainda puro death metal europeu. Em 1992, uma promo com três músicas, Journey to Pohjola, começou a ser distribuída com o objetivo de assinar um contrato com um novo selo. O resultado foi uma vaga no casting da finlandesa Spinefarm Records, uma subsidiária da Nuclear Blast, e, na época, ainda iniciante.

O primeiro álbum, North from Here (lançado pouco antes do EP The Trooper), nasceu durante a primavera de 1993. Jarva, então, já havia assumido os vocais, com um estilo diferente do de Miika Tenkula. Com North From Here, o Sentenced conseguiu chamar a atenção da gravadora Century Media e, em 1994, deixaram a Spinefarm com o objetivo de atingir um mercado maior sob a tutela da da Century.

1995 foi o ano que selou o sucesso para o Sentenced. Com Amok, considerado por alguns fãs e críticos o melhor da carreira da banda, foram alçados à categoria de uma banda famosa. A impressão que se tinha é que este lançamento era uma mais ou menos o que o Sentenced fazia no começo da carreira, porém de forma mais lenta e com uma estrutura mais melódica. Nepenthe, uma das músicas do disco, também acabou se tornando um vídeo-clipe. Outros frutos deste CD foram duas turnês completas, uma com o Samael e outra com o Tiamat.

No outono (no Hemisfério Norte) deste mesmo ano, a banda lançou o MCD Love & Death, que mantinha, em termos musicais, os mesmos padrões de Amok, até pelas composições terem sido feitas no mesmo período. Logo que o Sentenced conseguiu sucesso comercial entre os fãs de death metal melódico, Taneli Jarva deixou a fanda, o que surpreendeu muita gente. Anos depois, Jarva voltou à ativa com a banda The Black League.

Para substituir Jarva, foi recrutado, em 1996, Ville Laihiala, ex-integrante da banda Breed. Ville era dono de uma voz totalmente diferente da de seu predecessor, muito mais limpa. Apenas três semanas após a entrada deste novo vocalista, a banda viajou para a Alemanha, para o Woodhouse Studios, com o objetivo de aquele que seria seu quarto álbum full-lenght, chamado de Down (álbum). O produtor foi Waldemar Sorytcha, que também já trabalhou com conjuntos como Lacuna Coil e Moonspell. Em Down (álbum), novamente a música do Sentenced ficou ainda mais melódica com influências de rock. Pela primeira vez, a banda tinha um cantor de verdade, com técnicas vocais que permitiam um crescimento, evolução e desenvolvimento musicais. Durante este período, o baixista Sami Kukkohovi também entrou para a banda, primeiramente como membro convidado, até que, em 1997, foi integrado de vez como membro oficial do conjunto.

O quinto álbum de estúdio do Sentenced, intitulado Frozen (álbum), de 1998, também foi produzido por Waldemar Sorytcha e gravado no Woodhouse Studios. Neste lançamento, a banda continuou no mesmo caminho de Down (álbum). Ville Laihiala e Sami Kukkohovi, já completamente integrados ao Sentenced, participaram bastante do processo de composição, o que resultou em Frozen ser, sobretudo, um álbum composto em grupo. Em 1999, a gravadora Century Media relançou Frozen (álbum) com uma nova capa dourada e com nova ordem de músicas, contendo quatro covers (Creep, do Radiohead; Digging the Grave, do Faith no More; I Wanna Be Somebody, do W.A.S.P.; e House of the Rising Sun, do The Animals). Isso resultou em uma revolta dos fãs, que afirmavam que teriam que comprar novamente o álbum, por este ter saído tanto depois do primeiro lançado, e sem pré-aviso algum.

O próximo álbum do Sentenced a ser lançado, em 2000, foi Crimson (álbum). Assim que o single Killing Me, Killing You, que também virou um clipe, foi lançado, a banda mais uma vez mostrou direcionamento para uma caminho menos pasado. Dois anos mais tarde, com The Cold White Light, além de menos peso, o Sentenced também revelou uma auto-ironia nas letras e até uma pequena positividade, como se falassem que, afinal de contas, existe, sim, uma luz no fim do túnel.

Após o lançamento de The Cold White Light, a banda lançou, em 2003, junto com outros conjuntos, uma compilação com 4 músicas dedicadas ao time local de hockey no gelo, Oulun Kärpät. Esta se chama Routasydän (algo como "coração congelado" em português) e é a única música do Sentenced cantada em finlandês. A música causou um certo rebuliço, pois vários políticos acusaram a banda de usar um tom nazista na letra. O Sentenced, é claro, negou veementemente essas acusações.

No começo de 2005, o Sentenced anunciou que seu último álbum, intitulado oportunamente The Funeral Album, seria também o último. Também foi estabelecido que não haveria reuniões. A banda então fez alguns shows e tocou em alguns festivais de verão e primavera na Europa, e, em outubro de 2005, fez seu derradeiro show, em Oulu, municipalidade natal da banda. Neste, houve uma participação especial de Taneli Jarva, ex-vocalista do Sentenced, em algumas das músicas da fase antiga da banda. Um DVD contendo essas imagens deverá ser lançado em breve.

Fevereiro de 2009, Miika Tenkula é encontrado morto em sua casa. Apesar das causas não terem sido confirmadas, já houve relatos que ele sempre teve sérios problemas com o alcoolismo, que só vieram a piorar com o fim do Sentenced, em 2005.