Em 2005, o SBT causou uma grande surpresa no mercado televisivo brasileiro, ao anunciar que adquiriu os direitos de exibição da novela; estreou a reprise em 28 de março, indo até 9 de dezembro do mesmo ano, às 22h. A trilha sonora da abertura da novela não era como na Rede Manchete com o tema Xica Rainha da Bloch Som e Imagem. O sucesso da reprise de Xica da Silva, que triplicou a audiência da emissora de Sílvio Santos recolocando-a na vice-liderança no horário, levou a Rede Bandeirantes a comprar os direitos de exibição de outra novela da Rede Manchete, Mandacaru, e reprisá-la no mesmo horário em 2006.
Taís Araújo, tinha acabado de fazer 18 anos, quando fez a novela, sendo a primeira protagonista da carreira, sua segunda protagonista em, Da Cor do Pecado quando tinha 26 anos e agora sua terceira protagonista em Viver a Vida, aos 31 anos.
Com primorosa e caprichada direção de Avancini, Xica da Silva foi uma novela empolgante, forte, sensual, realista, e não poupou em cenas de violência explícita. São inúmeras as sequências de assassinatos, execuções, estupros e até torturas. Um dos fortes momentos da novela aparece quando Maria, mãe de Xica, é morta tendo seus braços e pernas amarrados a quatro cavalos que, assustados por um tiro, correm em direções contrárias, esquartejando o corpo da negra em praça pública. Além dessa, as cenas que envolviam as bruxarias de Benvinda e Violante não economizaram em tecnologia e realismo.
As cenas de nudez ganharam destaque na trama. Adriane Galisteu foi quem mais apareceu nesta condição. Taís Araújo, por sua vez, não tinha idade para aparecer nua. A atriz era menor de idade, e por isso, quando ela fez 18 anos, Avancini comemorou. Uma semana depois do seu aniversário, e depois de mais de 50 capítulos de espera, a atriz apareceu nua no capítulo do dia 2 de dezembro de 1996. A expectativa foi tanta que foi produzida uma vinheta especial, onde o locutor da emissora, Eloy Decarlo, dizia: "no calor do verão, Xica da Silva faz 18 anos". O assunto foi, inclusive, capa da Revista Manchete.
O ator Marco Polo gravou os primeiros capítulos no papel de Zé Maria, inclusive aparecendo nas chamadas, mas desistiu do trabalho e foi substituído por Guilherme Piva, que fazia o papel de um "Dragão".
Destacou-se na novela a atriz Drica Moraes, ao interpretar a vilã Violante, um papel marcante e um dos melhores da carreira da atriz. Única vilã de sua longa carreira.
Giovanna Antonelli processou o SBT, por ter exibido a novela em 2005, sem sua autorização. A atriz perdeu em segunda instância, tendo direito apenas para recebimento do direito conexo (cerca de 10%).
Xica da Silva levou a Rede Manchete de volta ao segundo lugar na audiência geral da televisão brasileira, depois de alguns anos em crise. Mais uma vez a arma utilizada foi o erotismo e a forte retratação histórica. Para tanto a emissora investiu em torno de 6 milhões de dólares na produção da novela. A novela contou com cerca de 150 figurantes e uma equipe de cerca de 70 profissionais entre câmeras, técnicos, cenógrafos e pessoal de apoio.
Taís Araújo, se consagrou como a personagem título da novela, mesmo com as cenas em que aparecia nua, e o sucesso de seu trabalho acabou levando a atriz a Rede Globo.
O ator Alexandre Lippiani, que vivia o Padre Eurico, faleceu em desastre de automóvel em maio de 1997, antes do final das gravações faltando duas semanas para o final da novela. Ele era dublador de filmes, principalmente do seriado, "As Novas Aventuras do Super-homem", onde colocava a sua voz em Clark Kent.
Na abertura original da novela, exibida na extinta Rede Manchete, foram utilizadas fotos da igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto. As pinturas da igreja foram fotografadas e retocadas, mais tarde, animadas e deram origem á linda abertura, que escandalizou os espectadores, pois nela, Xica é colocada no lugar de Nossa Senhora da Conceição, que enfeitava a cúpula da igreja barroca. No final da abertura, um anjo tenta arrancar a roupa de Xica vestida de Nossa Senhora.
O cantor Kiko Zambianchi e os atores Eduardo Conde, Rômulo Arantes e Cássia Linhares não participaram da novela, embora tenham seus nomes citados pela divulgução, na época.
Xica da Silva é uma telenovela brasileira produzida pela extinta Rede Manchete e exibida entre 17 de setembro de 1996 a 11 de agosto de 1997 às 21h30. Escrita por Walcyr Carrasco (sob o pseudônimo Adamo Angel) e dirigida por...