Deitei com a boiera, me acordei com a dalva
Havia fartura na estância que eu'stava
Ficou na peceva um matungo velhaco
Mas tinha boca e lombo, isso já me bastava
Eu sou um tiatino, me criei rolando
Domando e dançando no rincão da estiva
Minha espora gaucha vinha me convidando
Dizendo, cantando: se sirva, se sirva.

Botei meus caquinho, no lombo do taura
Pra ir mais ligeiro nem quis por carona
Saltei pra cima, já encontrei roncando
E eu trouxe cortando a picuela chorona
Saiu me empurrando rolando no estribo
Pedaços de bota e resto de pasto
Quem chora não mama, quem mama não chora
Te risco de espora e te ato no laço