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Cachaça Mecânica

Ana Luiza

Vendeu seu terno
Seu relógio e sua alma
E até o santo
Ele vendeu com muita fé
Comprou fiado
Pra fazer sua mortalha
Tomou um gole de cachaça
E deu no pé

Mariazinha
Ainda viu João no mato
Matando um gato
Pra vestir seu tamborim
E aquela tarde
Já bem tarde, comentava
Lá vai um homem
Se acabar até o fim

João bebeu
Toda cachaça da cidade
Bateu com força
Em todo bumbo que ele via
Gastou seu bolso
Mas sambou desesperado
Comeu confete
Serpentina
E a fantasia

Levou um tombo
Bem no meio da avenida
Desconfiado
Que outro gole não bebia
Dormiu no tombo
E foi pisado pela escola
Morreu de samba
De cachaça e de folia

Tanto ele investiu
Na brincadeira
Pra tudo, tudo
Se acabar na terça-feira

Vendeu seu terno
E até o santo
Comprou fiado
Tomou um gole
João no mato
Matando um gato
Naquela tarde
Lá vai o homem

João bebeu
Toda cachaça da cidade
Bateu com força
Em todo bumbo que ele via
Gastou seu bolso
Mas sambou desesperado
Comeu confete
Serpentina
E a fantasia

Levou um tombo
Bem no meio da avenida
Desconfiado
Que outro gole não bebia
Dormiu no tombo
E foi pisado pela escola
Morreu de samba
De cachaça e de folia

Tanto ele investiu
Na brincadeira
Pra tudo, tudo
Se acabar na terça-feira

Pra tudo, tudo
Se acabar na terça-feira
Pra tudo, tudo
Se acabar na terça-feira
Pra tudo, tudo
Se acabar na terça-feira
Pra tudo, tudo

Composição: Erasmo Carlos e Roberto Carlos





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