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Manhãs De Setembro

Ariane Wink

Numa manhã de setembro
Ouço um alvoroço no potreiro
Cuscos acuando lá da mata
Tem algo de estranho acontecendo

Vem chegando uma cavalaria
Alguém grita “É a revolução!”
Encilhe o seu cavalo, meu rapaz
E venha defender este teu chão

Notei uma ansiedade em seu rosto
E ele percebeu minha tristeza
Pegou a velha daga do seu pai
E o crucifixo ali na mesa

Tirou o seu chapéu, beijou minha mão
Meu coração em prantos se esvaía
E assim passaram-se os anos quase eternos
Em que eu carreguei essa agonia

Mas eu ouço alguém bater na porta
Sinto que a esperança não está morta
Quase não enxergo mais direito
Vejo uma medalha no seu peito
É meu filho, é um sonho, meu filho...

O meu coração não suportava mais sofrer
E eu queria vê-lo ainda antes de morrer
E a saudade que me pealou o coração vai embora
Porque agora eu já tenho quem outrora se foi

[Declamado]
Tirou o seu chapéu, beijou minha mão
Meu coração em prantos se esvaia
E assim passaram-se os anos quase eternos
Em que eu carreguei
Em que eu carreguei essa agonia"

Mas eu ouço alguém bater na porta
Sinto que a esperança está morta
Vejo uma medalha em suas mãos
E alguém me fala com emoção
“Morreu seu filho... como herói, seu filho...”

O meu coração não suportou tanta aflição
E eu fiquei olhando o crucifixo na mão
Então eu percebi que era sonho e ilusão
Porque o filho que eu amava,
Não voltava...
Não voltava...
Não voltava...
Não voltava...
Não voltava...
Não voltava...
Não voltava...
Não voltava...

Composição: -





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