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Biografia de Bad Religion

Os Bad Religion são um dos grupos punk americanos mais influentes e de maior sucesso. As suas letras inteligentes, geralmente relacionadas filosofia, política e religião, ecologia e temas pessoais afastam-nos das legiões de imitadores, alguns deles (os NOFX, por exemplo) também influentes e bem sucedidos. Juntamente com os Black Flag and the Descendents, os Bad Religion fizeram do sul da Califórnia um ponto privilegiado da nação para o Punk Rock.

A primeira editora da banda, a Epitaph Records, do guitarrista Brett Gurewitz’s, tornou-se numa das maiores e melhor conhecidas editoras de punk rock, em todo o mundo.

As raízes dos Bad Religion recuam a 1976, quando o líder Greg Graffin, oriundo de Wisconsin, se mudou, com a sua família, para São Francisco. Revoltado com a apatia cultural da juventude local, alia-se ao movimento punk emergente e, em 1979, forma os Bad Religion, junto com alguns colegas de escola: "Mr." Brett Gurewitz (guitarra), Jay Bentley (baixo) e Jay Ziskrout (bateria).

Apesar de, por essa altura, nenhum deles possuir conhecimentos musicais, conseguem desenvolver alguma experiência, o que lhes permite, em 1981, editar o primeiro EP, através da Epitaph Records. Entretanto, Ziskrout deixa a banda e é substituído por Peter Finestone. Começam um intenso período de aperfeiçoamento e, em 1982, lançam o álbum de estreia How Could Hell Be Any Worse (produzido por Jim Mankey, mais tarde membro dos Concrete Blond), e que vende mais de 10 mil cópias, em menos de um ano. Infelizmente, a banda decide experimentar sintetizadores, o que torna o álbum de 1983, Into The Unknown, uma alienação às suas bases punk, repleto de baladas acústicas introspectivas e épicos lentos. Desapontados, os Bad Religion decidem separar-se: Graffin e Finestone vão para a universidade; Bentley junta-se aos Wasted Youth e, mais tarde, aos TSOL.

Em 1984, Graffin regressa a Los Angeles, onde inicia uma colaboração com o guitarrista Greg Hetson, dos Circle Jerks. Pouco tempo depois a banda volta a juntar-se, com Finestone na bateria e o novo baixista Tim Gallegos. Este novo agrupamento grava, em 1985, Back To The Known, com um ritmo um pouco mais lento que o antecedente, mas com a mesma inspiração punk rock. O sucesso do álbum, apenas com cinco canções, motivou Bentley e "Mr." Brett a voltarem à banda. Regenerados, os Bad Religion regressam, em 1988, com Suffer, um clássico punk rock, que a MaximumRockNRoll e a Flipside consideram álbum do ano.

No Control, de 1989, e Against The Grain, de 1990, fazem dos Bad Religion uma das bandas punk mais populares e influentes.

Em 1991, Pete Finestone abandona o grupo, para se juntar aos Fisherman, e é substituído pelo baterista Bobby Schayer. Num golpe de reconciliação com o passado, editam 80-85, uma compilação do material mais antigo, à excepção de Into the Unknown, que ainda se mantém uma valiosa raridade para os coleccionadores.

Voltam, em 1992, com Generator, e dão ainda mais consistência ao estatuto de "punk superstars", especialmente na Europa, onde enchem os estádios.

Recipe For Hate, álbum de 1993, surge menos punk e inclui um dueto com o vocalista dos Pearl Jam, Eddie Vadder, há muito fã dos Bad Religion. Não foi surpreendente ver os Bad Religion, pouco tempo depois, a assinarem contrato com a Atlantic Records e a gravarem Stranger Than Fiction, em 1994. Contudo, talvez devido à mega-promoção que a editora empreende, as críticas são um pouco fortes e acusam a banda de "se estar a vender".

Logo após Stranger Than Fiction, Gurewitz abandona os Bad Religion para trabalhar a tempo inteiro na Epitaph Records que, por essa altura, já era considerada uma das maiores editoras independentes dos Estados Unidos, graças ao sucesso dos Offspring e dos Rancid. Entretanto, Brian Baker (ex-Minor Threat), Dag Nasty, Junkyard, entre outros, "substituem", temporariamente, os Bad Religion, até estes editarem o álbum de 1996, The Grey Race, produzido por Ric Ocasek. No mesmo ano, Graffin lança um álbum a solo, American Lesion, apostado de novo em baladas introspectivas, mas de piano, e significativamente inspirado em The Grey Race.

Em 1998, os Bad Religion reaparecem com No Substance, gravado em Ithaca, Nova Iorque, onde Graffin se encontra a terminar o seu doutoramento em Biologia Evolucionista, na Cornell University.

No 2000 publicam outro grande disco The New America, para mim inferior ao No Substance, porém com grandes momentos de punk-rock como "The Fast Life" , "Whisper in Time"... mas que se notava uma sobreproduçao no disco.

O 2001 será lembrado como o ano em que o Bad religion volta a sua gravadora Epitaph records.À saída do seu baterista Bobby Schayer devido a uma contusao que o afastaria definitivamente da música,se integrará o jovem prodigio Brooks wackerman (the vandals, Suicidal tendencies) à bateria e a volta à banda do artífice das melhores músicas de Bad Religion.
Mr. Brett,já recuperado da sua dependencia às drogas,volta com seu característico som de guitarra,suas composicoes e sua excelente maneira de produzir discos,mas sempre em companhía de Graffin. O resultado dessa uniao é seu último disco The Process Of Belief , com um som realmente impressionante, a velocidade aparece como en seus melhores momentos.A composiçao desses dois gênios nao deixam lugar à dúvida de que sua última obra será considerada por muitos como o disco mais completo de Bad Religion.