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Um Gaiteiro a Moda Antiga

Baitaca

Eu venho a trote e a galope companheiro
Vou ver uma china que veio lá do povoado
Vou dançar um xote para gastar a sola da bota
Vou cortar fumo que nem corte de machado

Gosto de farra jogo doce de baralho
E meu chinedo fungando ao redor de mim
No braços dela sigo manso e amanheço
Que nem diz o Rilho "enfurniado num cupim"

Sou desconfiado mesmo que matam o torto
E barril de cobra sem borrito não me meto
achaqualha as purga e traco um pente nas gadeia
Garro um feia pra achacoalhar os esqueleto

Gosto de farra jogo doce de baralho
E meu chinedo fungando ao redor de mim
No braços dela sigo manso e amanheço
Que nem diz o Rilho "enfurniado num cupim"

O xiru grita: "vamo folga o espinhaço"
E o jeca roco troca o sebo do candieiro
Um borogodego pra tirar a poeira do chão
E um baile cheio de cachaça pro gaiteiro

Gosto de farra jogo doce de baralho
E meu chinedo fungando ao redor de mim
No braços dela sigo manso e amanheço
Que nem diz o Rilho "enfurniado num cupim"

Ta tudo pronto vamo se atracar de novo
E tem chinoca com cheiro de mofe azedo
Segunda-feira e o sol rachando de quente
E eu mandando lombo junto com o raparigueiro

Gosto de farra jogo doce de baralho
E meu chinedo fungando ao redor de mim
No braços dela sigo manso e amanheço
Que nem diz o Rilho "enfurniado num cupim"

O chão da sala quase que virando num poço
E a terra solta dava para tirar de pá
Gaiteiro véio quase que virando um tijolo
Para arrancar ele tivemo que cavocá

Gosto de farra jogo doce de baralho
E meu chinedo fungando ao redor de mim
No braços dela sigo manso e amanheço
Que nem diz o Rilho "enfurniado num cupim"

Se eu cair duro enrosca a gola da cerca
Faço um pedido pra meus amigos de fé x2

Façam um buraco tipo do poço de barca
Meio apertado para que eu possa ficar de pé

Tome cuidado e deixe a cabeça pra fora
Bem na minha frente um retratinho de muié x2

Composição: Antônio Flores Pinto / Denise Flores / Tio Nanato





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