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O Homem Médio

Bruno Ribeiro Marques

Esparramado no sofá que lhe engole
A fitar o teto que se silencia.
O homem médio jaz o próprio corpo mole
E o coração endurecido de angústia e agonia.

Perscruta em silêncio a sua dor
A queimar-lhe o peito, nessa tarde fria.
E após analisá-la conclui, com horror,
Que o que sente é que a vida está vazia.

Mas a rua está repleta de hipocrisia.






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