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Filosofias

Camané

Meu coração, que pranteias?
Não tenhas dó de ninguém...
Não queiras penas alheias,
Que as tuas chegam-te bem!...


Se fosses de gelo feito,
De mármore ou de granito,
Não galopavas aflito
pelas ruas do meu peito.


Nos artifícios das teias
Da triste melancolia;
Que fizeste da alegria,
Meu coração, que pranteias?


Quem pensa muito não tem
Horas tranquilas, serenas!
Penas! Não queiras mais penas
Que as tuas chegam-te bem!...

Composição: Francisco Viana





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