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Riozinho Amigo

Carlos Cezar

Meu rio pequeno braço líquido dos campos rodeado de barrancos corroído pelos anos .
Vai arrastando folhas mortas e saudades por - do - sol de muitas tardes ilusões e desenganos.
Cruzando vales chapadões e pantanais bebedouro de pardais, tanto espelhos de luar .
O seu roteiro não tem volta só tem ida pra findar a sua vida na amplidão azul do mar.
Riozinho amigo são iguais as nossas águas também tenho um rio de mágoas a correr dentro de mim.
Cruzando n'alma campos secos e desertos cada vez vendo mais perto o oceano de meu fim.
Riozinho amigo nasceste junto à colina era um fio d'água de mina que cresceu tão lentamente.
Margeando matas ramais juncos e flores passarinhos multi cores seguiram vossa corrente.
Riozinho amigo quantas vezes assistiu acenos de quem partiu encontro dos que chegaram.
Foi testemunha de muitas juras de amor quantas lágrimas de dor suas águas carregaram.
Riozinho amigo sobre a areia de um remanso animais em seu descanso ali vem matar a sede.
As borboletas em suas margens se amontoam e depois alegres voam na amplidão dos campos verdes.
A brisa encrespa o teu rosto de menino como o mais terno e divino beijo da mãe natureza.
Lindas paisagens madrugadas coloridas encontros e despedidas seguem vossa correnteza.






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