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Na Moral

Cidade Negra

Há de se respeitar a minha moral
O meu visual
E tudo que eu digo
Pra alguém me escutar
Mesmo a tal cibernética

Ah, ah, ah, ah, e ser imortal
Não é natural
Eu não sou capacho
Eu sei os meus passos
Pra não vacilar

É que eu insisto transparecer
No que eu acredito,
Sem ressentimentos.
E há tanta gente pra convencer
E que sei que sentem
O mesmo o que eu sinto.

Com a certeza do meu destino
Sei que o universo
Vai conspirar comigo.
Estão precisando de amor
Estão precisando resolver
Estão precisando de carinho.

E o tempo passa,
E suas piadinhas já não têm mais graça
E não disfarça o mar de lama da sua piscina
Pouca-vergonha que crescente contamina
Gente da tua laia, que vive no espaço paralelo
Não sabe o que é salário, nunca pegou um trem
Lá vai o trem lotado, babando de gente
E o surf de trem, e o torrado no chão
E você vendo tudo, tudo na televisão...

Ah,ah, ah, ah, e ser imortal
Não é natural
Eu não sou capacho
Eu sei os meus passos
Pra não vacilar

Ah, ah, ah, ah, e ser um mortal
Não é mole, não
Desculpa, meu chapa
Mas é que eu preciso me desabafar.

Composição: Antonio Bento da Silva Filho, Marcos Antonio Lazaro da Cruz, Paulo Roberto da Rocha Gama, Andre Jose de Farias





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