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Aquilo Roxo

Clemilda

Foi num domingo resolvi de jogar bola
Os meus amigos combinaram uma pelada
Me escalaram de goleiro da partida
Eu “capricho” e coisa ficou empatada
Pra decidir quem seria o campeão
Chutar pênalti seria a solução
Aí então foi um tremendo arroxo
Quando acabou eu saí com aquilo roxo

Certa vez viajando bem “solito”
Eu dei carona “pruma” moça na estrada
Lá pelas tantas num lugar meio deserto
Parei o carro para dar umas tenteadas
Mas a mocinha não era como eu pensava
Eu trovei tanto e não conseguia nada
Aí então resolvi dar um arroxo
Mas acabei saindo com aquilo roxo

Fui tomar mate “solito” com meu vizinha
A água ferveu e “nóis nem cheguemo a notar”
Primeiro mate eu dei um baita “golasso”
Naquela hora deu vontade de gritar
Tamanho susto soltei a cuia da mão
E a infeliz ainda virou no meu colo
Cheio de raiva tive que bancar o frouxo
E acabei saindo com aquilo roxo

Aquilo roxo me lembrou de um presidente
Que se dizia caçador de marajá
Mas foi a caça quem caçou o caçador
E até hoje eu não vi nada mudar
Pra sustentar altos salário e mordomias
Tiram daquele que trabalha dia-a-dia
Está na hora de acabar com tanto arroxo
Porque o povo já está com aquilo roxo
Está na hora de acabar com tanto arroxo
Pois quem não tá, vai ficar com aquilo roxo

Composição: Clemilda Ferreira da Silva/Durval Vieira





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