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Biografia de Detonautas Roque Clube

A história do Detonautas Roque Clube se mistura com o com o início da febre da internet no Brasil, em 1997. Tico e Eduardo se conheciam apenas virtualmente: freqüentavam a mesma sala de bate-papo. Tico morava em Copacabana (RJ) e o mineiro Eduardo Simo administrava uma pousada em Ilhéus (Bahia).

Certo dia Tico apareceu na sala perguntando se alguém ali tocava algum instrumento. Eduardo respondeu e passou a ser conhecido por seu ‘nick’ das salas de bate-papo: Tchello.

Começava aí a carreira do grupo. Após o encontro dos dois precursores no Rio de Janeiro, a banda passou por diversas formações, inclusive tendo vários integrantes também recrutados via internet. Com tal proximidade nesse tipo de mídia, nada mais natural que o nome da banda viesse a refletir o fato, e depois de algumas sugestões chegaram a Detonautas, junção de detonadores + internautas.

No início a banda refletia toda a sua irreverência em letras como “Quero Voltar Para o Saco do Meu Pai”, o que trazia grande identificação com o público adolescente e ajudou a popularizar a banda no ‘underground’ carioca.

Graças à insistência principalmente de Tico Santa Cruz e à providencial ajuda de Gabriel Pensador, amigo de Tico, os Detonautas foram conseguindo seu espaço, primeiro nas rádios e depois amadurecendo na estrada, mesclando apresentações em locais de boa estrutura em outros nem tanto, mas que serviram para dar cancha e experiência. Depois de muita batalha, que incluiu a famosa peregrinação com a demo embaixo do braço, finalmente a chance: após muitas idas e vindas, a Warner Music do Brasil contratou a banda e remixou e lançou o CD, de cara um grande sucesso.

Com dois CDs lançados, “Detonautas Roque Clube” (2002) e “Roque Marciano” (2004), a banda foi marcada pela violência em 4 de junho de 2006, quando o guitarrista Rodrigo Netto foi assassinado num assalto no Rio de Janeiro. Apesar disso, a banda permanece firme e segue para o lançamento de um livro e do terceiro CD.

O Detonautas traz no currículo a abertura de shows para bandas de peso como Red Hot Chili Peppers e hoje conta com a seguinte formação: DJ Cleston nos scratchs e percurssão, Fábio Brasil na bateria, Tchello no baixo, Renato Rocha na guitarra e o incansável Tico Santa Cruz nos vocais.