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Canção Agreste

Donizeti

Estou chegando de longe peço licença e me apresento
Só peço que não repare na singeleza das minhas vestes
Não sinto nenhum cansaço porque viajo a bordo do vento
E trago em minha bagagem as coisas lindas da vida agreste.
Eu venho do pé da serra dos vilarejos, dos verdes campos
E trazendo na voz serena o doce murmúrio da cachoeiras
Vim pelo clarão da lua e pelo brilho dos pirilampos
Rimando trovas e versos na cor maior da nossa bandeira.

Eu não tenho preconceito eu sou de quem me deseja
Eu a canção do agreste, sou a moda sertaneja

Eu sou a pureza rara no brilho raro da açucena
Que nasce e cresce no alto pra conservar a sua beleza
Que zomba da rosa branca pois tem orgulho ser morena
Também por que foi nascido meio dos moldes da natureza
Sou a caatinga barrenta que nasce a beira dos carreadores
Tenho o ritmo tranquilo do um passo lento de uma boiada
Meu verso é noite sem lua quando revelo falso amores
Minha rima é flor que murcha na terra onde não sou plantada.






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