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Biografia de Eliana Printes

Nascida em Manaus e influenciada por muitos generos e intérpretes nacionais e internacionais, Eliana Printes começou sua carreira aos 13 anos, cantando nos bares de Manaus.

Com a Banda Transcedental, gravou em 1986 a canção Marabá, de Sérgio Souto e Agenor de Oliveira, LP
"Nossa Música". Participou de vários festivais, entre eles, Festival Universitário de Música, onde recebeu os prêmios de melhor música e intérprete.

Em 1995, a cantora e compositora foi indicada para o prêmio Sharp de Música, na categoria MPB Revelação.

O primeiro CD lançado foi em 1995, em destaque a música "Por Onde Você For", muito executada nas rádios de Manaus.

O segundo trabalho, "Sabor da Marés", conseguiu alcançar a marca de 25 mil cópias vendidas.

O "Próximo Beijo", o terceiro CD da cantora, segundo ela, reflete bem os caminhos percorridos pela MPB no final de século XX. Com bastante variedade o trabalho mistura elementos voltados para o pop.

"Pra você me ouvir" é o quinto cd da carreira da cantora Eliana Printes, lançado pela INDIE RECORDS / UNIVERSAL MUSIC e segue mantendo o mesmo padrão de qualidade de seus trabalhos anteriores.

Produzido pelo cantor e compositor Chico César , o disco apresenta uma roupagem moderna, sem ser banal.

No elenco de compositores, Eliana Printes gravou "O trem da juventude" de Herbert Vianna , "Quem vai dizer tchau?" de Nando Reis , uma versão acústica com apenas voz e violão para "Firmamento" do Cidade Negra e "Polaróides" de Celso Fonseca e Ronaldo Bastos.

E ainda trouxe para seu disco autores inéditos do grande público como Vander Lee (Aquela Estrela), Péri (Morda minha língua), Sérgio Pererê (Ondé Qué), uma canção inédita da autoria de Eliana Printes em parceria com Adonay Pereira (Perdi a conta) e Kléber Albuquerque com a música "Os Presentes", que é a primeira música de trabalho e está entre as mais tocadas nas rádios do Rio de Janeiro e São Paulo.

A primeira vez que a cantora Elaine entrou em uma casa de espetáculo era ainda muito criança, e foi levada pelo meu pai que era marceneiro do Teatro Amazonas.

A marcenaria, hoje desativada, ficava no subsolo do Teatro, sob o palco, onde eram construídos os cenários das companhias de teatro que alí se apresentavam.

Eliana relembra com carinho que seu pai entrava segurando a sua mão e enquanto andavam pelo corredor central da platéia lhe mostrava as pinturas do teto, dizendo que a maioria dos objetos de arte, esculturas,
o mármore, tinham vindo de fora do país.

Eliana não fazia a menor idéia do significado pois tinha por volta de seis ou sete anos, mas ficava deslumbrada com o teatro, que lhe parecia muito mais um lugar mágico, "...para onde eu olhasse, mas o que ficou na minha memória foi a beleza incrível que é o Teatro Amazonas e eu guardo até hoje comigo.

Só mais tarde pude compreender o porquê de ele ter sido construído no meio da selva a mais de cem anos", relembra Eliana.

Seu pai é pernambucano de Caruaru e sua mãe paraense da cidade de Óbidos. Eliana nasceu em Manaus e teve uma infância boa, pois não tínham os problemas de violência dos dias de hoje, então brincavam em frente de casa, numa pracinha, ela e um grupo de crianças do seu bairro.

Elaine se recorda que tinha uma amiga que era mais velha que a maioria da turma, ela organizava no quintal de sua casa uma espécie de show de calouros. Ela era a apresentadora, tinha uma comissão julgadora e Eliana e as outras crianças eram os candidatos.

Um pedaço de madeira com um arame na ponta servia de microfone... todos cantavam as músicas que eram sucesso na época e a brincadeira foi tomando forma.

Sem saber o que realmente siginificava, quando o professor na sala de aula perguntava sobre vocação profissional, Eliana respondia que queria ser cantora. O professor esboçava surpresa e os colegas riam.

Em sua cassa Eliana sempre ouviu muita música. Sua mãe tinha os discos de cantores bem populares, já seu pai que gosta de samba, tocava um pouco de cavaquinho e pandeiro. Um dia seu pai chegou em casa com um disco do Chico Buarque, e ouviu umas dez vezes a música “Construção”. Eliana diz: "Acho que eu aprendí a música inteira naquele dia".

E foi assim ouvindo música e cantando junto com os discos que Eliana foi gostando mais e mais de música e isso tudo era uma diversão.

Com 12 para 13 anos começou a tocar violão e fez um curso de musicalização no conservatório de música de sua cidade. Entrou numa banda de alunos do SESI, como vocalista... daí quando percebeu já estava cantando profissionalmente e formou com um grupo de amigos uma nova banda.

A partir daí vieram vários festivais, shows e em todos eles sua mãe estava junto fazendo companhia, pois Eliana ainda era menor de idade.

A banda se desfez. Eliana concluiu o ensino médio no Instituto Batista Ida Nelson em Manaus e então seguiu carreira solo, agendou o seu primeiro show para o Teatro Amazonas, e fez de tudo um pouco, desde vender ingressos de porta em porta para os amigos, até espalhar cartazes pela cidade, buscar apoio de familiares, amigos, fé, etc... e conseguiu a lotação máxima do Teatro e uma ótima repercussão na cidade.

Eliana conta que quando viu o teatro cheio de gente lembrou da primeira vez que entrou no teatro ainda muito criança, uma experiência e tanto...

Depois da estreia oficial no teatro Amazonas todos os anos Eliana faz pelo menos três apresentações no teatro.

Foi no teatro que a canção “Lembrando de Você” de Sérgio Souto e Moacyr Luz, foi gravada apenas como registro de show e acabou indo parar na programação da rádio Novidade FM e em pouco tempo se tornou um sucesso, o que faz Eliana refletir sobre a necessidade
e importância de registrar o seu trabalho em cd.