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Paralelas

Erasmo Carlos

Dentro do carro sobre o trevo
a cem por hora, ó meu amor
Só tens agora os carinhos do motor

E no escritório em que eu trabalho
e fico rico quanto mais eu multiplico
diminui o meu amor

Em cada luz de mercúrio
vejo a luz do ter olhar
passa as praças, viadutos
Tu nem te lembras de voltar
De voltar, de voltar

No corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana, essa semana o mar sou eu.
E as borboletas do que fui pousam demais
por entre as flores do asfalto em que tu vais

E as paralelas dos pneus na água das ruas
são tuas estradas nuas em que foges do que é teu
No apartamento oitavo andar, abro a vidraça
e grito quando o carro passa
- Teu infinito sou eu!
Sou eu, sou eu, sou eu.

No corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana, essa semana o mar sou eu.
E as borboletas do que fui pousam demais
por entre as flores do asfalto em que tu vais

Composição: Belchior





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