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Primo Irmão

Escurinho

Sou um guerreiro da tribo tupy
Eu sou primo irmão de Zumbi
Grande rei da nação dos palmares
Meu ritual é na mata fechada
Meu tambor é uma lança afiada
Clareando a cegueira da noite

Não é de hoje, não é de hoje
A luta do povo da grande nação
Não é de hoje, não é de hoje
A arma apontada pro peito do irmão
Não é de hoje, não é de hoje
A luta do povo da grande nação
Não é de hoje, não é de hoje
Fantasmas rondando os solos do porão

Eu vi a poeira subir no roçado
Os caboclos de lança pulando
Pra fazer a guerra no congado
Foi no batuque do baque virado
Mestre Naná mostrou seu gingado
E toda massa dançou com ele

Não é de hoje, não é de hoje
A luta do povo da grande nação
Não é de hoje, não é de hoje
A arma apontada pro peito do irmão
Não é de hoje, não é de hoje
A luta do povo da grande nação
Não é de hoje, não é de hoje
Fantasmas rondando os solos do porão

Composição: Jonas Epifanio dos Santos Neto/Sandro Pita Brito





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