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Historia De Um Fazendeiro

Gildo de Freitas

Declamado:
“-Eu me chamo Felisbino e nasci no torrão vermelho Fui peão e sou patrão sempre lutando parelho Muitas cabeças de touro eu quebrei a cabo de reio Estou velho, mas pro serviço não sei dobrar o joelho. E por saber que morro cedo deixo uns versos por conselho”

A galinha pra botar ele precisa lindes
E por isso então não desmanche o que este velho fez Segurem, não ponham fora o que eu deixar pra vocês Fortuna que se oposta fora não se adquiri outra vez.

Cada genro é uma estrela que na minha casa brilha
Se acreditar em conselho será uma maravilha
Não vendam, não ponham fora o que eu deixar pra família Cuidem e zelam pros teus filhos o que eu deixar pras minhas filhas.

E você meu filho homem escute o que eu digo agora
A parte que te tocar desfruta ela e adora
Pra amanhã depois teus filhos e a minha querida nora Desfrutarem a fortuna de quem deu e foi embora.

Esta estância em que vivemos foi por mim adquirida Não foi logrando ninguém e nem herança vencida Agora já que me sinto cansado e no fim da vida Faço votos que não seja, depois de ganha, perdida.

Eu me chamo Felisbino e nasci no Faroquém Não tive herança de pai, trabalhando é que arranjei
Com gosto entrego a vocês tudo, tudo tudo o que ganhei.

Composição: Leovegildo Jose de Freitas





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