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Menino Cão

Giovani Gabriel

Calaram o moleque
Que andava pela contra mão
Amava tudo que é contravença

Na escola, era a bola
E a rosa era dona do seu coração
Na rua, era dono de
sugestão

Auê, auê
Auê, erê

Auê, auê
Auê, erê

Sem medo, sem tino,
De ímpeto menino cão;
E a morte é o brinde da compaixão

Miséria, abandono,
Sociedade alheia ao pão;
E o extermínio dos borbotões

Auê, auê
Auê, erê

Auê, auê
Auê, erê






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