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América

Gralha Azul

Menina prostituída
Linda ninfa possuída
Nos leitos dos bordéis
Nos braços dos coronéis
que dominam e arrancam
Do seu ventre em flor
O prazer regado a sangue
neste corpo que é só dor
América, América
Minha doce América
Quando a voz se apagar
e na noite eu me calar
Quebre o silêncio com gritos
Quebre o elo de seus mitos
Cante o canto emudecido
regue a terra com este sangue
Do home rude e oprimido
Que jamais será vencido
América, América
Minha doce América.






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