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Biografia de Grupo Agreste

Grupo Agreste nasceu no dia 07 de janeiro de 1977 após a realização do I Festival Universitário da Canção Popular (FUCAP) em Montes Claros. Até chegar ao seu primeiro disco percorreu vários caminhos em cantilena.

A música regional brasileira teve nos anos 70/80 o seu maior auge. Entre tantos Grupos e músicos surgiu o Grupo Agreste, em meados dos anos 70 e em Montes Claros/MG.

Pedro Boi era o vocalista da banda que também, ao lado do Gutia, mandava no violão. Zé Chorró, o artista plástico do grupo destoava no baixo. A harmoniosa flauta Transversal era e é sempre um show a parte nos assopros de Sérgio Damasceno, o chamado Carinha. Tom Andrade era outro que soltava a voz e debulhava o violão. A percussão, presença forte nessa música regional, ficava a cargo de Manoelito, Toninho e Ildeu Braúna.

Formado por sete músicos, entre os quais, jornalistas,
sociólogos, poetas e artista plástico, o GRUPO AGRESTE
lançou seu primeiro disco em 1980 pelo selo Cristal gravado no Estúdio Bandeirantes-SP com produção de Téo Azevedo.

Logo a banda estourou no cenário nacional e duas de suas músicas, "Zumbi" e "Jaíba", foram incluídas na trilha sonora da novela Rosa Baiana da TV Bandeirantes.

Em 1982 o grupo gravou no Estúdio Mosh-SP seu 2º e último LP e nesse ultimo trabalho estão as duas músicas que mais desenham o Catrumano geraiseiro e que mais sintetizam esse povo nortemineiro, as músicas A LENDA DO ARCO IRIS e PONTE CIGANO.

Zumbi é outra música que sempre deixa a flor da pele toda a sensibilidade de quem a escuta e seu trecho marcante “...quem nasceu para ser guerreiro/ não aceita cativeiro/ por isso eu decidi/ a sua chibata/ por mais que me bata/ se não em mata/ eu volto a fugir...” mais que uma pérola da música brasileira é uma aula de história e uma volta ao passado para uma reflexão para o presente e futuro.

Disse ASSIS ÂNGELO (jornalista, crítico de MPB, radialista, pesquisador e folclorista);

“O Agreste (Grupo) marcou presença no curto tempo que existiu. Notadamente por fazer um trabalho já aquela época diferente do que costumava aparecer nas chamadas paradas de sucesso, sempre tão ao gosto das grandes gravadoras”. Sintético e verdadeiro o comentário de Assis Ângelo.

Pena Branca e Xavantinho juntamente com Renato Teixeira gravaram “Quebra Milho”. Sérgio Reis se encantou e gravou “Tocador de Boi”. Dezenas o números de músicos que gravaram o Grupo Agreste.

Entre as músicas mais gravadas do Grupo Agreste encontra-se:

*A Lenda do Arco íris (Ildeu Braúna)
*Rasante ( Ildeu Braúna)
*Ponte Cigano (Ildeu Braúna)
*Ave de Arribação (Gutia/Pedro Boi/Manoelito)
*Andança (Tom Andrade/Rubinger),
*Quebra Milho (Tom Andrade/Manoelito)
*Mutirão (Ildeu Braúna),
*Chegança (Gutia)
*Lamento Agreste (Tom Andrade/Manoelito)
*Praça da Matriz (Ildeu Braúna),
*Clareando (Sérgio/Gutia)
*Cantiga de Roda (manoelito),
*Zumbi (Ildeu Braúna)
*Saudade Teimosa (Tom Andrade/Manoelito),
*Jaíba (Ildeu Braúna)
*Cachoeira (Ildeu Braúna),
*Messias Latino (Ildeu Braúna/Gutia)

Ao fim do Grupo, cada um tomou seu rumo porem sem perder os laços e sem se afastar de suas raízes e dessa Montes Claros.

Ildeu Brauna, autor de vários livros e por três vezes secretários de cultura. Ainda compõem com frequência e sempre com suas origens e traços fortes.

Chorró se direcionou como empresário gráfico e artista plástico.

Pedro Boi ainda solta a voz e debulha a viola e é proprietário de um bar "Curral do Boi" que é sem dúvida, um abiente delicioso e carregado desse ar único de Montes Claros.

Tom Andrade sempre na ativa e sempre se superando como canto e compositor.

Manoelito continua fazendo música regional.

Gútia mora em BH.