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Não Guardo Saudade À Vida

Helder Moutinho

Trago a saudade esquecida
Guardada em versos passados
Quase morta, adormecida
Na rua dos meus pecados

Agora canto á coragem
De ser eu, razão de ser
Como um rio que não tem margem
Mas não pára de correr

Canto as estrelas e o mar
Canto o sol que aquece a dôr
E é num leve respirar
Que não me esqueço o amor

Agora já está esquecida
Esta saudade de amar
Não guardo saudade á vida
Que me obrigou a cantar






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