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O Povo Pagão

Imperial

Fingimos dia e noite, nos fartamos de mentiras
falamos a verdade, fazemos do amor nossa ruína

Atracando nos portos
correndo nas estradas
por quilômetros de trilhos
a era do livre comércio
primeiro espalham a doença
depois vendem o remédio

Está em tudo o que é escrito
em tudo o que se lê
você é a lei contra mim
eu sou um mundo contra você

E fingimos dia e noite, nos fartamos de mentiras
e falamos a verdade, fazemos do amor nossa ruína
procuro vida nas ruas
procuro vida nas multidões
mortos comandando empresas
mortos servindo seus patrões
comprando e vendendo
mortos nascem aos milhões

O povo pagão chora
e ninguém vela seu choro
o povo recalcitrante chora
roubaram uma perna do seu bezerro de ouro

Oh, Jesus, porque demora tanto
só Deus sabe o quanto este povo sofre
ao ver a madeira apodrecendo
e os pregos enferrujando

Tão profundo
tão fácil de entender
você é o mundo contra mim
eu sou um mundo contra você

O povo pagão chora
e o céu não vela seu choro
o povo recalcitrante chora
roubaram uma perna do seu bezerro de ouro

Tão profundo
tão fácil de entender
orgias que estas paredes não podem ver
coisas passadas que ainda estão pra acontecer

Composição: -





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