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Biografia de Império da Casa Verde (SP)

O Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Império de Casa Verde é uma Escola de Samba fundada em 1994 por dissidentes da Unidos do Peruche. A Escola da Casa Verde teve o apoio de um empresário e bicheiro que resolveu bancar esse sonho, Chico Ronda. Sendo talvez a Escola de Samba de mais veloz ascensão no Carnaval paulistano, conseguiu seu primeiro título no Grupo Especial apenas onze anos após sua fundação.

Em 2003, quando estreiava no Grupo Especial ,o Império de Casa Verde causou um forte impacto com seus tigres no abre-alas, considerados luxuosos para uma escola ainda estreante no grupo de elite de São Paulo. Num enredo que falava sobre o beato João de Camargo, a escola terminou em 12º lugar entre 14 agremiações (empatado em pontos com a Águia de Ouro, mas perdendo nos critérios de desempate). Logo após o fim da apuração, o presidente da LigaSP, Robson de Oliveira, anunciou que, ao contrário do que previa o regulamento, não cairiam três escolas, mas sim apenas duas, o que gerou protestos por parte da Unidos do Peruche. Durante o ano, então, ficou resolvido que ninguém cairia, e o Grupo Especial passaria a ter 16 escolas.

No decorrer de 2003, o patrono da Escola, Chico Ronda, morreu. No samba escolhido para 2004, uma estrofe (antes do refrão do meio) dizia: "Mistério / Quem constrói não pode desfrutar / Tudo o que toca vira ouro / Mas morre sem poder aproveitar". Segundo Maurício Kubrusly, comentarista da Rede Globo na transmissão do Carnaval, seria uma referência ao patrono imperiano. Nesse ano o Império de Casa Verde surpreendeu com um enredo que fazia analogias entre a história de São Paulo e a Grécia Antiga, trazendo mais uma vez tigres luxuosíssimos no Abre-alas e conseguindo um expressivo 3° lugar, terminando apenas a 0,5 ponto da Mocidade Alegre, campeã de 2004. No momento da apuração, a quadra da escola encontrava-se fechada, e o helicóptero da Rede Globo seguiu para lá de última hora. Ao chegar, encontrou membros da Escola ainda abrindo a quadra, pois era inesperado que a agremiação pudesse ser campeã naquele ano.

No carnaval de 2005, novamente com luxo em suas alegorias e fantasias, a escola sagrou-se campeã, depois de ser a última a desfilar na madrugada de sexta para sábado, já com o dia claro, e com um carro abre-alas gigantesco.

Em 2006, fazendo uma homenagem à pecuária brasileira, o Império sagrou-se bicampeão após terminar empatado com o Vai-Vai. Em 2007, num enredo que falava sobre os grandes impérios do mundo, o Império trouxe dessa vez cinco tigres gigantes, um de cada cor, no Abre-alas. Pela primeira vez, os comentaristas da transmissão do Carnaval reconheceram que uma escola de São Paulo se igualava às cariocas em luxo e grandiosidade. Mesmo assim, nesse ano o Império acabou apenas em 5º lugar (empatado em pontos com a Águia de Ouro, quarta colocada), mas voltou no desfile das campeãs.No ano de 2008, com um enredo, homenageando a MPB ,acabou apenas na 9º colocação.

Para 2009, com a volta de Roberto Szaniecki, que desenvolveu junto com uma comissão, um enredo sobre os 15 anos da escola, tentou seu 3º título na elite do samba paulistano.O desfile de 2009 foi realmente um destaque por conta dos colossais carros que a Império colocou na passarela, com destaque para o último carro, com um bolo de aniversário(comemorando os 15 anos da escola)e um imenso tigre na parte de trás, medindo 55 metros de comprimento, (o maior carro alegórico já visto em São Paulo) .Apesar de toda a grandiosidade, novamente ficou em quinto lugar como a dois anos atrás (por coincidencia, nas duas ocasiões em que a escola ficou em quinto, a Mocidade Alegre foi campeã).

No desfile das campeãs de 2009, a Escola veio com um atraso de dez minutos, com faixas de protesto e narizes de palhaço com as péssimas notas em alegorias, bateria e fantasia. A Escola foi aplaudida e vaiada pelo público, tivera de correr pois perderia pontos no próximo Carnaval por atraso; uma das patas do tigre da última alegoria quebrou, prejudicando ainda mais o desfile, e alguns dirigentes ainda se maquiaram de palhaços. As faixas criticaram vários jurados e ainda apoiava o Mestre Zóinho que perdeu pontos com sua cadência.