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Meu Sogueiro

Índio Ribeiro

Meu peticinho sogueiro
De cruzar sanga e coxilha
Quantas vezes noites frias
Com bichará abanando

Petiço meu companheiro
De entregas e encomendas
De ir ao trote pra venda
Comprar algo pra mãe velha

Saudoso tempo recordo
Apresilhado no peito
Guri de frutos bem feitos
Com um guerreiro encilhado

Minhas botitas gaudérias
Empoeiradas no esteio
Junto ao pequeno arreio
Carregam novas batalhas

Sinto o fel no coração
Talvez eu cresci depressa
Ficou pra traz a promessa
De ser guri pra teu lombo

Esta anciã me retoça
Em noites que desencilho
Do meu tempo de potrilho
No peticinho sogueiro

Petiço velho garboso
De eu pacholhar pra gurias
Escaramuçar ala cria
Com intenção de namoro

Ao verte petiço velho
Neste fundo de invernada
E ter que voltar pra casa
Com a alma no cabresto

Se eu pude-se voltava
Pra minha infância guerreira
Cruzar a diante as porteiras
Com o bichará abanando






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