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Biografia de Jacó e Jacozinho

Nascidos em Assis-SP, filhos de Gabriel Jacob (1902/1979) - grande catireiro paranaense conhecido como “Jacó da Viola” -, e de Dona Maria Joana de Jesus (1911/1982), Jacó e Jacózinho foram os irmãos mais famosos de um total de 9 filhos: José (1932/72), João (1934 /81), Antônio (1938/81), Benedito (1942/65), Sebastião (1943/81), Amado (1944 /2001), Aparecida (1946), Pedro (1948) e Inês (1950).

A dupla que se iniciou com o nome de "Jacó e Jacózinho" era formada por Antônio e Amado Jacob. Pedro, o oitavo filho do casal, costumava substituir um ou outro em shows e no rádio, quando acontecia algum imprevisto, mas Antônio e Amado foram os irmãos titulares que integraram a dupla até o início da década de 1980.

Jacó e Jacózinho estrearam no disco em 1962, quando gravaram pelo selo Sertanejo o arrasta-pé "Papai Me Disse", composição deles, e a moda de viola "Castigo de Fazendeiro" de Sulino e Roque de Almeida.

Em 1964, gravaram o primeiro LP e continuaram gravando ininterruptamente até 1980, sempre pela gravadora Continental. Foi a dupla que mais vendeu discos na década de 1970, ao lado de Tião Carreiro e Pardinho. Jacó e Jacózinho gravaram, entre 78 rpm e LPs, 30 discos.

A dupla “Jacó e Jacózinho”, em sua formação original, fez bastante sucesso, principalmente na década de 1960, notabilizando-se com uma vocalização não tradicional, com dissonâncias e mudanças de tonalidade. Na mesma época, atuava na Rádio Nacional de São Paulo, onde era cartaz num programa que ia ao ar todas as sextas-feiras às 20h.

Gravaram músicas de diversos autores, dentre os quais Lourival dos Santos, Carreirinho, Sulino, Moacir dos Santos e também músicas de autoria deles próprios.

Um fato curioso aconteceu no ano de 1974, quando Jacó e Jacózinho resolveram gravar a música humorística "Pepino", de Jacó e Jacozinho, ("Eu não quero mais pepino / nem do grosso nem do fino..."). Como não queriam confundí-la com o tradicional repertório caipira raiz, criaram então outra dupla, apenas para cantar músicas humorísticas: "Amado e Antônio", usando os próprios nomes de batismo, e que chegou a gravar dois discos!

Em 1980, Antônio Jacob gravou um disco ao lado do irmão Pedro Jacob, que ocupou o lugar do “Jacózinho”, uma vez que este se encontrava doente.

Em 1981, Antônio Jacob faleceu vítima de enfarto, após sofrer grande contrariedade em decorrência de uma discussão com Pedro Jacob.

Em 1982, Amado Jacob ainda gravou um último disco com Pedro Jacob para cumprir o contrato na gravadora, onde destaca-se a música “Sete Irmãos”, um pequeno resumo da vida da dupla e sua família.

Em 1992, acometido por uma doença no pulmão, Jacózinho parou de cantar, vindo a falecer em junho de 2001, de complicações na saúde devido a diabetes.

A filha mais velha, Ana Jacob Barbosa, faleceu aos 14 anos de idade. Benedito faleceu em 1975, aos 33 anos. Aparecida Jacob faleceu em 2017, e Inês faleceu em 2018. O sr. Gabriel Jacob era de origem mineira e a dona Maria de Jesus era paulista.

Dando continuidade à dupla, Pedro Jacob gravou, ao lado de Zé Almeida, apenas o CD “10 Anos Depois”.

Foi então que apareceu um novo talento na família: Pedro Rafael Jacob que, com apenas 17 anos, começou a cantar com o pai Pedro Jacob. Pouco tempo depois, em 1997, nascia a nova dupla: "Jacó e Jacózito".

Hoje, pai e filho seguem valorizando a música caipira raiz e com sucesso em sua nova carreira, levando seu repertório a todos os cantos do Brasil em shows que também revivem antigos sucessos da dupla “Jacó e Jacózinho”.