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Biografia de João Kazak

Nossa história começa em Capelinha/MG, cidade como muitas outras do interior mineiro em que o amor pela viola fala alto na alma de seus habitantes. Um deles nasceu com esse dom de encantar e cantar: João Kazak. Das memórias da infância pobre, a lembrança mais marcante foi na escola, época em que as crianças faziam teatro e João fazia música. Montou uma dupla com um amigo e cantava canções de Zezé Di Camargo E Luciano, Leonardo, Bruno E Marrone e Chitãozinho E Xororó, entre outros. “Foi nessa época que eu comecei a me interessar pelo estilo. Não tem jeito, o interior de Minas é sertanejo”, diz Kazak. Aos 9 anos começou a tocar violão. “Nunca tive aula. A porta de boteco era minha escola. Via os outros tocando e fui aprendendo”. Aos 12 anos saiu de casa. E o que poderia se transformar em tristeza, virou determinação. Sua viola, a maior companheira, foi lhe servindo de guia. “Ralei muito e tive que me virar. Foi quando eu comecei a fazer do que eu tinha aprendido uma forma de sobreviver. A partir daí que eu comecei a me considerar artista”.

O menino cresceu, assim como seu sonho. Na adolescência começou a dar os primeiros passos. “Eu trabalhava com impressões de camisetas com um amigo e por causa disso comecei a ter acesso a computador e gravar umas músicas”, lembra. Ganhando mais segurança, Kazak começou a compor. Em 2000 gravou um disco totalmente independente. “Naquela época eu achava que pra cantar sertanejo tinha que ser dupla e que isso tinha que vir naturalmente, sem ser montado, criado ou forçado”.

Então enquanto João Kazak esperava, ia criando um repertório de músicas românticas. Mas a primeira grande oportunidade veio algum tempo depois. Uma casa especializada em sertanejo foi aberta em Capelinha e Kazak foi convidado para dar uma canja. A apresentação se transformou em convite para ser artista fixo e o sucesso foi tanto que surgiu a chance de gravação de um CD independente de voz e violão na casa. No repertório, músicas de seus ídolos da infância. Outra casa da cidade foi aberta e mais um convite para gravar outro CD. Só que desta vez com algumas canções de sua autoria. A partir daí a cidade e região já sabiam quem era aquele jovem, que apesar das dificuldades da vida, nunca abandonou seu sonho. Numa dessas apresentações, conheceu algumas pessoas que, encantadas com seu trabalho, começaram a lhe dar uma força. Veio para BH, onde também conheceu Henrique Portugal, tecladista do Skank que o incentivou a gravar um disco inédito. “Eu fiquei muito feliz, porque foi ali que eu senti que o que eu fazia tinha valor”, diz Kazak. E assim, fazendo um trabalho minucioso, João Kazak entrou em estúdio e agora está lançando um CD com 13 canções próprias e 4 composições de amigos, sendo a primeira música de trabalho a bela canção “Todas As Fotos” de sua autoria. O CD traz músicas românticas sem nunca abrir mão do sertanejo. “Eu fiz os arranjos e tive a ajuda preciosa de toda equipe envolvida, desde os técnicos, músicos, meus empresários e amigos, que ajudaram na produção do disco. Esta foi a pitada que faltava, tanto técnica quanto musical. Conseguimos transformar todo sentimento e energia positiva em músicas”.

Uma das novidades do disco é um sertanejo com pitadas de reggae chamado “Pra fazer amor”. “É uma forma bacana de falar de sentimento e traduz bem o meu estilo de compor. Eu acho que sentimento tem que virar festa, mesmo porque eu não estou aqui para pregar sofrimento. Tô aqui para pregar o amor”.

Mas o disco ainda tem outras músicas de peso como “A Borboleta”, “Minha menina”, “A Princesa” e a emocionante balada “Olha para o lado”, todas com a assinatura do compositor/cantor João Kazak.

“Eu quero, assim como eu fazia na minha adolescência, que as pessoas cantem as minhas músicas para alguém e se sintam felizes com elas. Aqui está o início da minha história e é a realização de um grande sonho”.