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Alma Nativa

Joca Martins

Alma nativa que me “gusta” e sei que tenho
Pois de onde venho se cevava o mate cedo
Trago a coragem das estradas por diante

E algum rompante pra enfrentar meus medos
Trago nas mãos o que a guitarra sempre gosta
E uma resposta no meu canto de fronteira

Quem aprendeu o que a vida tem de bom
Segue seu dom de cantador a vida inteira
O meu destino quem traçou não sei quem foi

Berro de boi, tranco de pingo foi moldado
Sou campo largo porque a vida quis assim
E sou por mim voz e silêncio lado a lado

Tenho a palavra pra entregar na hora certa
Porteira aberta pra quem segue a mesma estrada
E se me calam um silêncio na garganta

É alguém que canta sem a alma dizer nada
Minha alma sabe se mostrar à sua maneira
Se entrega inteira pras vontades que ela tem

Mansa pros versos qual figueira de tapera
Garras de fera quando melhor lhe convém
Sou céu e terra conforme minha saudade

E uma verdade pra cantar por onde ande
Sou mais um desses que o campo por lembrança
Deixou de herança esta alma de Rio Grande.

Composição: Joao Luiz Nolte Martins/Paulo Henrique Teixeira de Souza





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