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Beira Estrada

Joca Martins

O meu destino sem qurer perdeu-se
Por estas estradas, desde de onde eu vim
Busco entendê-lo, sem saber por certo
Se este é o caminho, que escolhi pra mim...

Sonhei com a brisa, amanheci ventando
E os ventos vieram vierem pra me dizer adeus
Foram anunciando a despedida e poeira
Aos olhos tristes, que nem eram meus

Assim que a casa se perdeu de vista
E o que ficou, morreu sem demora
Até seus olhos, me olham mais tristes
Quando na chuva, uma janela chora

Somos assim, iguais nesse abandono
Só essa saudade, bem maior que a minha
Ergueu-se a casa de tijolo e sonhos
Pra beira estrada, amanhecer sozinha.

Passaram viajeiros outors sonhos tantos
Em frente a porta, sem um rumo certo
Quem sabe cheguem pra tomar um mate
Se enxergarem um coração aberto

O meu destino sem querer perdeu-se
Quem é que sabe onde anda agora
Pegou o rumo da estrada
Que chega
Que pena, é a mesma, que se vai embora

Composição: Joao Luiz Nolte Martins/Joao Marcos Nolte Martins/Paulo Henrique Teixeira de Souza





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