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Nos Encontros do Mouro

Joca Martins

E foi num upa que apertei a sobre-cincha
Pra alçar a perna no mouro e sair esmagando o pasto

O bagual baio se arrastou no galpão
Tomou o cabresto do kiko que vinha firmando o basto

Por sorte o mouro mal ligou o parapeito
Já se amontoou com o tal baio bem antes do manancial

Num entrevero de patas a campo fora
Um manotaço certeiro na argola do buçal
E o Augusto que nem tinha encilhado

Com o gateado pela rédea, aos gritos de "iahaha"
Vai te costeando baio louco caborteiro
E nos encontros do mouro por certo vai te ajeitar

Na lida bruta vez por outra o tempo enfeia
E um bagual bem adiantado se vai com as garra do peão

Mas com certeza se tivesse bem maneado
Tinha golpeado de lombo na saída do galpão
Um pingo bueno campeiro para o serviço

Se ajeita sem compromisso de tempo para entregar
Fica o costeio nos encontros do meu mouro
Sabendo que bagual novo não pode facilitar

E o Augusto que nem tinha encilhado
Com o gateado pela rédea, aos gritos de "iahaha"
Vai te costeando baio louco caborteiro
E nos encontros do mouro por certo vai te ajeitar

Composição: Eduardo de Souza Soares/Joao Luiz Nolte Martins





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