×
Corrigir

O Jovem Paranoico

Jonatas Azevedo

O garoto olha pro céu...
Se encantou com o avião...
Mais havia vários prédios que não permitiam a visão
A contemplação de alguma beleza...

Então usou a imaginação...
Pois não tinha muitas escolhas
Somente o sonho que tera na noite anterior
A mão no violão, coração disparado,
Acabado o sábado amargo,
Parecia um peixe fora d’água
Mau acostumado sempre foi muito mimado...

E de repente a sua frente
Sentiu se estremecer ao ver a divina imagem
Os olhos da linda garota de casaco vinho
Sugava-lhe a alma
É como sentir a liberdade de fazer o que quiser...
Sem poder sair de dentro de si,
Não mais...
Se não disser o que quer o que vier não importa,
Está fora de si, fora de si, fora de si, fora de si
Fora de si, fora de si, fora de si, fora de si...

O garoto olha pro céu...
Se afogou com a canção...
Desceu por um bueiro aberto na avenida rio branco
Queria ir mais além com todo o seu canto
Atravessando as estações...
Poderia voar se quisesse
Poderia crer no que viesse.

Sentiu então o calor do verão
Bateu com a cabeça no asfalto, no mato,
No ato ganhou inspiração...
Até conseguir montar o avião
E de repente maravilhosamente, sentiu seu coração disparar...
Se conseguira alcançar tal patamar...
E de repente a sua frente
Não conseguiu se conter ao ver a mesma garota de outrora...
O que será dele agora?

É como sentir a liberdade de fazer o que quiser...
Sem poder sair de dentro de si
Não mais...
Se não disser o que quer, o que vier não importa,
Está fora de si, fora de si, fora de si, fora de si
Fora de si, fora de si, fora de si...

Onde foi parar o coração do jovem paranoico?
Talvez enterrado em alguma avenida do centro do rio de janeiro,
Cada uma de suas paixões espalhadas pelas praças,
Sua alma esta estilhaçada
Cada parte está enterrada em pontos diferentes do asfalto,
A maioria das pessoas não consegue vê-lo
Apenas ouvem a sua música,
Seus acordes são formados com o barulho do motor dos ônibus,
Suas baladas feitas com o som das águas da guanabara

Seu rock é como as luzes que traçam o céu e norte a sul,
Se por algum motivo sua alma perturba-se
Sua ira é demonstrada levantando os bueiros para o alto,
Podemos sentir a sua alma em qualquer local da cidade
Por mais que tentarmos convencê-lo
Nada adiantará porque ele está
Fora de si, fora de si, fora de si, fora de si
Fora de si, fora de si, fora de si, ora de si

É como sentir a liberdade de fazer o que quiser...
Sem poder sair de dentro de si
Não mais...
Se não disser o que quer, o que vier não importa,
Está fora de si, fora de si, fora de si
Fora de si, fora de si, fora de si, fora de si...

Composição: Jonatas Azevedo Bastos






Mais tocadas

Ouvir Jonatas Azevedo Ouvir