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Ciclo Milenar

Jorge Vercillo

Final de século, a constância
É o movimento de mudança
Os signos da modernidade
São velozes e atonais

Teu encanto de sereia,
Meus castelos de areia destruí
Sua cara de criança
Não dá medo nem esperança, mas sorri, mas só ri

Essa maldita insegurança
Sangra, sangra e não estanca
Me refugio em tantos filmes, livros
Pra esquecer de ti

Cabeceiras e espelhos,
Analistas-travesseiros meus irmãos
Parabólicas me trazem
Num mosaico de imagens, solidão, solidão

Claridade na janela deixa entrar
Está na hora de acordar, Coragem!
Pra brilhar na escuridão
De um novo ciclo milenar, milenar

Composição: Jorge Vercillo / Maurício Mattar





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