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Biografia de La Mosca

Os primeiros sucessos

Depois de dois anos tocando no circuito carioca, os Inimigos do Rei conseguiram um contrato com a gravadora CBS (atual Sony&BMG) e emplacaram dois sucessos imediatos: "Uma Barata Chamada Kafka" e "Adelaide". O disco incluia também as canções "Suzy Inflável", "Miss Goodbar", "Crime", "São Business" e "Garotinha do Front", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska, "Jesse James" (Luiz Guilherme e Marcus Lyrio), "Mamãe Viajandona" e "Apocalipse Joe", ambas de Luiz Guilherme, Luiz Nicolau e Paulinho Moska. Foi com o Inimigos, que Moska passou a viajar e conhecer todo o Brasil. Em 1990, lançou o CD "Amantes da rainha", contendo as faixas "Pacto", "Sexo banal", "Deslizo", "Vício", "Terceiro ato (Kéngueren)" e "Animal", todas de Luiz Guilherme e Paulinho Moska, "Hospício (lar doce lar)" (Luiz Guilherme e Nestor de Hollanda Cavalcanti), "Pesquisa militar" (Luiz Guilherme e Marcelo Crelier), "Carne, Osso e Silicone" (Luiz Guilherme, Luiz Nicolau, Marcelo Marques, Marcus Lyrio, Paulinho Moska, Marcelo Crelier e Lourival Franco), "Coral da Escandinávia" (André Abujamra e Paulinho Moska) e "Eu fui às férias com a tia Magaly" (Luiz Nicolau e Lourival Franco). No ano seguinte, Paulinho Moska deixou o grupo para seguir carreira solo.Em 1997,nasceu o seu filho Antonio,deixando muito alegre e fazendo todos seus trabalhos dedicado a ele.

O primeiro disco

À época de grupos como Pearl Jam, Nirvana e Lenny Kravitz, Moska lança seu primeiro CD, em 1993, intitulado "Vontade". O Rock, ao ver do artista, seria o estilo que mais combinava com seu momento de "libertação". "Vontade" fora gravado e mixado de forma analógica, sem equipamentos digitais. Segundo Moska, o álbum soa como "uma banda de garagem".

Pensar é fazer música

Devido à sonoridade de seu primeiro CD, Moska adquiriu a alcunha de "roqueiro". Fato que, então, não foi bem aceito pelo artista, em virtude de seu recente desligamento de um grupo estilo "engraçadinho", para cair em um outro rótulo. Em 1995, lança "Pensar é Fazer Música", inspirado nos estudos de Moska em filosofia com Cláudio Ulpiano, em um grupo de estudos, onde entra em contato com a obra de Gilles Deleuze.

Em "Pensar é Fazer Música" encontra-se letras com forte influência desta aproximação da filosofia. Foi nesse disco, que Paulinho Moska teve uma impulsão mercadológica, devido à música "O Último Dia", tema de abertura da mini-novela "O Fim Do Mundo", da Rede Globo. Em 1997, é lançado o álbum "Contrasenso". Músicas como "A Seta e o Alvo", "Me Chama de Chão" e "Relampiando" tocaram bem nas rádios. Viria depois o ao vivo "Através do Espelho", gravado em uma série de apresentações no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. O disco conta com músicas dos três primeiros álbuns autorais de Moska e algumas interpretações de artistas como Raul Seixas, Cazuza, Titãs e Peninha.

Um novo som

Em 1999, "Móbile" é o quarto disco de Paulinho Moska. Experimentando uma nova sonoridade, o disco conta com os músicos Marcos Suzano (ritmo) e Sacha Amback (samplers e interferências). Segundo Moska, "Dessa vez, além das composições, optei por investigar sonoridades diferentes para as minhas canções, eu não aguentava mais ter que resolvê-las com baixo-bateria-teclado-guitarra. Acho que a música, pop (popular) ou não, não pode ser uma forma fixa, tem que ser um conteúdo livre. E esse conteúdo tem que ser o espelho da nossa percepção (nenhuma percepção é igual a outra), não pode ser uma coisa só. Somos muito diferentes entre nós, e a música que vai nos "representar" não pode ser uma mesmice, porque nós (seres humanos) não somos." O disco recebe interferências eletrônicas, com loopings e samplers, em uma anunciação do flerte que a música popular teria com a eletrônica. "Móbile" conta com grandes músicas como "Um Móbile no Furacão" e a regravação de "Retalhos de Cetim". "Eu falso da minha vida o que eu quiser", continuaria a estética de "Móbile", e propiciou, em sua turnê, a nova viagem de Paulinho Moska na estética fotográfica. Com a aquisição de uma máquina digital, Moska registrou tudo por onde passava. Segundo ele, "Acabei obcecado por uma série interminável de auto-retratos em objetos espelhados dos banheiros desses quartos (maçanetas, torneiras, ralos, chuveiros, aparador de toalha...) Foram 2500 fotos tiradas até o fechamento do disco, dois anos depois. Acabei compondo muitas canções inspiradas pelas fotos, o que me obrigou a colocá-las no encarte do CD. Foi uma maneira nova de compor canções. Tão nova que acabei colocando o nome do disco de "Tudo Novo de Novo", numa referência ao meu novo motivo: a fotografia e os auto-retratos.". O álbum "Tudo Novo de Novo", sexto disco da carreira, impulsionaria a iniciada carreira de Moska no exterior, mais especificamente em países de língua espânica. O disco conta com uma versão e uma parceria com Jorge Drexler - que ganharia destaque por ter ganho o Oscar, com "Al Otro Lado del Rio" -, respectivamente "A Idade do Céu" e "Dos Colores : Blanco Y Negro". A própria "A Idade do Céu", ganhou destaque em 2006, por ter caido no gosto das rádios e até entrado em uma trilha da novela-seriado "Malhação". Antes, "Pensando em Você" já havia sido hit (ganhando, inclusive, uma versão em espanhol "Pensando em Ti", tema da novela argentina "Amor en Custodia"), por ter entrado na novela global "Agora é que são elas". Porém, Moska não alcançou, junto ao grande público, seu devido sucesso. Sua obra, no Brasil, mesmo sendo esse seu país de origem, está - em parte - restrita aos que realmente se interessaram pelo cantor e continuaram buscando seus trabalhos.

Cinema

Em 2001, Moska participou atuando no longa-metragem O Homem do Ano, estrelado por Murilo Benício. No filme, Moska interpreta o matador-de-aluguel Enoque, um dos principais amigos de Màiquel, vivido por Benício. A direção do filme é de José Henrique Fonseca com roteiro de Rubem Fonseca, Patrícia Melo e José Henrique Fonseca.

Participou também em outras oportunidades fazendo pontas em mini-séries globais, como por exemplo o seriado Mulher, nos idos de 1998.

Gravou Amores Possíveis para filme nacional homônimo.