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Biografia de Ludov

Em 2002, na capital paulista, quando os quatro ex-integrantes da banda Maybees resolveram reformular a carreira e começar a escrever letras em português (até então todas elas eram em inglês), nasceu o Ludov.

O começo dessa nova empreitada não poderia ser mais promissor. Em maio de 2003, com ajuda do técnico de som Leonardo Nakabayashi e do produtor executivo Arthur Fitzgibbon, o Ludov terminava as gravações de seu primeiro EP, Dois a Rodar. Lançado de maneira independente, o EP vinha com seis músicas que apresentavam ao público essa nova roupagem. Acontece que, superando as expectativas da banda, o disquinho causou um grande burburinho no meio especializado e ganhou para o Ludov um público cada vez maior.

O EP teve dois clipes, “Dois a Rodar”, um belo cartão de visitas para quem queria conhecer quais eram as pessoas estava por trás daquele som, e “Princesa”. Este último merece considerações à parte. Enquanto a banda promovia o EP, Ricardo Filomeno, irmão do ex-baixista da banda Eduardo Filomeno, criava uma criativa e adorável peça de animação que viria a ser o clipe de “Princesa”. Apresentado o clipe à banda, a aceitação foi geral, e o mesmo aconteceu com o público. Provas disso vieram aos montes: no Disk MTV (parada diárias de clipes mais pedidos), “Princesa” alcançou um mais que honroso segundo lugar, algo altamente louvável em se tratando de uma produção totalmente independente, e no VMB de 2004 houve a consagração, “Princesa” ganhou o prêmio de melhor clipe independente, fato esse que alavancou o Ludov a um grau de popularidade muito maior.

Depois de uma estréia mais do que feliz, o Ludov assinou, em 2005, com a gravadora Deckdisc e lançou, em março do mesmo ano, seu primeiro disco, O Exercício das Pequenas Coisas. Produzido por Fabio Pinc e Daniel Padilha, este album sacramentou o Ludov como uma banda grande e importante no cenário nacional. O grupo passou a fazer shows em todo Brasil e o single “Kriptonita” foi habituê das paradas de mais pedidas das rádios e da TV. Durante a parceria com a Deck Disc, que durou até o início de 2006, a banda vendeu mais de seis mil cópias de Exercício… e foi conquistando, a cada novo show, a cada nova cidade, um público maior, mais heterogêneo e mais fiel. O ano de 2006 foi também para a banda uma fase de projetos interessantes, como a turnê de Tecnicolor, um tributo aos Mutantes, em parceria com o amigo Tatá Aeroplano (Jumbo Elektro), além da gravação de “O Que Eu Procurava”, versao para o português da música tema do filme High School Musical, da Disney Channel.

Emm 2007 o Ludov dá mais uma guinada importante na sua carreira, a começar pelo contrato com a gravadora Mondo77 e pela gravação de seu segundo disco (Disco Paralelo), produzido pelo renomado produtor Chico Neves (Skank, Los Hermanos, Lenine, Arnaldo Antunes, Paralamas do Sucesso, etc.).
O Ludov traz ao palco todas as mudanças que vieram com o novo disco. O público viu ao vivo, além de uma banda sedenta para voltar aos palcos, o reflexo de um álbum com menos floreios, mais confiante e maduro. Por isso mesmo, os shows da banda prometem ser mais fiéis à gravação. Não porque a apresentação ao vivo ganhou novas parafernálias, mas porque, em seu novo trabalho, a banda procurou, acima de tudo, a simplicidade. As músicas antigas também ganharam arranjos novos mais condizentes com essa nova fase da banda, logo, a promessa de novos ares é mais do que certa.

Em suas letras, Disco Paralelo trata de assuntos mais abrangentes, que saem um pouco de temas como amor e cotidiano, preferindo uma análise um pouco mais contemplativa e reflexiva da vida.

Essas bem-vindas mudanças devem-se grande parte a dois fatores: à gravação no Rio de Janeiro e ao produtor Chico Neves. O pessoal do Ludov teve que se adaptar a uma rotina “estafante” de praia, bicicleta e choppinho pós-gravação, bem diferente da vivida pelo quarteto em São Paulo. Todo esse clima ajudou muito para que o disco saísse com essa cara mais despreocupada e, porque não, honesta. Ao mesmo tempo, o produtor Chico Neves também ajudou a banda a crescer nesse caminho. Sempre buscando a simplicidade em detrimento do ruído que muitas vezes vem com a complexidade, a produção do disco procurou ao máximo manter apenas o necessário para que se faça uma bela canção.