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Solano, Poeta Negro

Luiz Carlos da Vila

Quilombo vem, com a singeleza de um maracatu
cheiroso como um lote de cajú
delicioso feito um mungunzá
vem exaltar, render tributo ao quilombola pioneiro
gênio do pensamento afro-brasileiro
filho dileto de Oxalá
que fez soar
o tambor dos oprimidos
esses valores esquecidos
negritude, liberdade
poeta negro, em todas negras aquarelas
cantor de páginas tão belas
a benção Solano Trindade
Recife, nas velhas guerras de libertação
no ano, dos 20 anos da abolição
nascia, esse gigante das idéias
que o Rio e a Paulicéia consagrariam
Neto de negra que lutou na Revolta dos Malês
igual a coro de tambor quanto mais quente mais tocou
quanto mais velho mais zoada fez
por isso agora que o poeta está dorminado
sonhando com um dia lindo
que certamento vai raiar, raiar
Quilombo vem com a singela de um maracatu
cheiroso como um lote de caju
o velho Solano homenagear



Composição: Jose Luiz Costa Ferreira/Luiz Carlos Baptista/Nei Braz Lopes





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