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Israel

Lula Côrtes

Muitas vezes cansado e quese morto.
Me debruço ao terraço da amplidão.
Contemplando com a vista o Universso.
Muito além dos limites da razão.

Sendo um misto de dor de poisia.
Desespero, morte solidão.
Se não como a semente proibida.
Os pedaços roubados da razão.
Só lembranças só formas fugidas.
Me provoca e escurece o coração.

Foi então que por força do destino.
Reagi ao ataque como um touro.
Não senti compaixâo da morte o choro.
Foi pra ele a conquista o ouro e a gloria.
A bondade se havia ido embora.
Não havia outro homem como eu.

Meu sentido do certo estremeceu.
Comecei a cantar fora da hora.
No suposto fugor da luz da historia.
Seu espirito escuro se perdeu.

Lembro dele num beco de Olinda.
Numa noite de escura e tempestade.
Foi andando por dentro da cidade.
Nas ladeiras vazias como a vida.
Outra alma não tava pela rua.
Não havia remedio pra ferida.

Era como um inferno a avenida.
Cada luz de mercurio uma tristeza.
Sua Vida não tinha mais beleza.
A derrota ganhava outra partida.

Composição: -





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