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Vampiro da Rua XV

Maglore

Um tiro a queima roupa
E ele desapareceu
No meio de uma multidão
Ninguém nem percebeu
Era verão de 88
Ele queria estar ali
Janelas e cortiços
Em andares infinitos

Foi quando ele encontrou um velho amigo
Que lhe perguntou porque que ele nunca envelheceu
De dia meio um sol
De noite a solidão
Era festa
Não tristeza
Nada pra se abrir mão

Lembrou de uma garota que lhe deu seu coração
Não esqueceu que também o partiu em pedaços pelo chão
E condenava enquanto vivo o tanto que eles dois ainda teriam que sofrer

Antes de ser mordido costumava não ligar muito pro quanto ia viver
Foi quando ele voltou pra onde ele morreu
Encontrou ela mais velha
Muitos fios brancos nos cabelos

Então ela lhe disse que ainda lhe tinha muito amor
Ele estufou o peito
Fitou seus olhos e esbravejou:
"Você me deu chance de mais para provar que a gente nunca existiu"
E ela gritou:
"Você nunca foi homem mesmo
Você nunca passou de um vampiro"

Composição: Teago Oliveira

Composição: Teago Oliveira





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