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Biografia de Malefactor

Malefactor é uma banda de Unholy Metal brasileira, formada em 1991 na cidade de Salvador, Bahia.

No ano de 1991, os amigos Vladimir Senna (Guitarra e Vocal) e Alexandre Deminco (Bateria) decidiram formar um novo grupo de metal extremo no Brasil. Após algumas idéias, o grupo acabou por optar pelo uso do nome Malefactor, por acreditarem que este conseguia sintetizar em uma só palavra um sinônimo para a musicalidade densa e obscura à qual ambos ansiavam por em prática.

Somente no ano seguinte o grupo fez sua primeira gravação, já contando com Valdo Jr. no baixo e Danilo Coimbra na guitarra, mas esta foi usada somente como uma pré-produção, não sendo efetivamente divulgada no underground.

No final de 1992 ocorre a primeira apresentação no Festival Halloween com mais 9 bandas de metal do cenário de Salvador, sendo que o Malefactor foi considerado o melhor show da noite, recebendo vários convites para novas apresentações na cidade e fora dela.

Em 1993, Vladimir adota o pseudônimo Lord Vlad, uma homenagem ao mago Aleister Crowley (Lord Vlad Luciferian) e passa a se concentrar somente como Vocalista, ficando Ricardo Oitaven como segundo guitarrista. Alexandre nesta época precisou sair do grupo e foi substituído por Ivan Braga.

Com esta formação o Malefactor grava sua primeira demo Sickness, apresentando uma música altamente técnica e agressiva, sendo bastante elogiada pela mídia especializada na época. Contando com um session member para os teclados ao vivo, o grupo se apresentou ao lado de vários grupos, sendo convidado para apresentar-se no lançamento do álbum Goetia do Mystifier. Uma série de shows passam a ocorrer e desentendimentos ideológicos fazem com que o grupo fique sem baterista e sem tecladista. Em 1994 a banda gravou a faixa “Cruciform Slaughter” para ser lançada numa coletânea de um selo baiano, mas o proprietário do selo faleceu e até hoje esta faixa mantém-se inédita.

Já sem baterista, o grupo resolveu dar uma guinada geral nos seus horizontes e contrataram o produtor Austríaco Ephendy Steven, que trabalhou como engenheiro de som na Europa de bandas européias como Kreator, Assassin, Destruction, Sodom e outras. Junto com Steven é produzido a promo-tape “Into The Black Order”. A bateria foi gravada por um velho amigo da banda, Vicente Azevêdo (Carnified). A fita foi distribuída em todos os continentes, sendo lançada oficialmente nos Estados Unidos pelo selo The Wild Rags Records. Uma das faixas do tape chamada “Sacramental Embrace” saiu na coletânea “The Winds of a New Millenium Act 2”, além de ser divulgada em várias coletâneas de fanzines e distribuidoras do país e do exterior. Gravadoras como Dark Realm (USA), Uncle Underground (Belgium) e artistas como Vincent (Sadistic Intent-USA), Jeff Gruslin (ex-
Vital Remains/USA), Christopher Szpajdel (Promotor de show na Europa e Artista gráfico de bandas norueguesas como Emperor, Old Man’s Child, Satyricon, Immortal e outros) citam a banda em várias entrevistas como uma nova promessa para o metal sul-americano.

Com a saída de Ricardo Oitaven e Valdo Jr. a banda se desestabiliza, ficando apenas Danilo e Vlad no grupo.

No ano de 1996, após alguns testes frustrados com alguns músicos, uma nova formação completa é apresentada com a volta de Alexandre Deminco ao seu posto, trazendo consigo o baixista Roberto Souza, o guitarrista Jafet Amoêdo e a tecladista Elaine.

Após um hiato de 3 anos sem se apresentar ao vivo, finalmente os palcos puderam ver novamente o grupo na ativa.

Elaine se muda para a Noruega, sendo rapidamente substituída pelos tecladistas Luciano Veiga e Ovídio Amoêdo.

Em 1997: O Malefactor lança uma música nova "Under The Law of the Sword” na coletânea DoisDaBahia, com 9 bandas de metal baianas, sendo uma prévia do primeiro álbum.

No ano de 1999: Após 8 anos de intensa contribuição para com o underground, eis que chegara a hora do debut álbum. Celebrate Thy War é lançado pelo selo paulista Megahard Records, alcançando ótimas notas na mídia e fazendo com o que o Malefactor leve 2500 pessoas à Concha Acústica de Salvador no lançamento do álbum, sendo até hoje um dos maiores públicos num show não gratuito de metal na cidade.

Foram quase 2 anos tocando pelo Nordeste, mas sempre encontrando dificuldades para ir a outras regiões do país e para fora dele.

Em 2001, Jafet é substituído por Martin Mendonça (Pitty) e gravam o álbum The Darkest Throne, sendo que Jafet gravou metade das músicas.

Pensando em conquistar outros mercados o grupo parte para uma tour de 30 dias pela Europa, levando Wallace Guerra na segunda guitarra e Marcelo Antunes como session member, pois Roberto teve inúmeros problemas na época, não podendo ir na tour.

Os shows foram muito bons no geral, conseguindo colocar o nome do grupo na imprensa européia e recebendo elogios de zines e revistas metálicas do velho mundo. A revista portuguesa LOUD! Comentou o show do Malefactor em Lisboa como um dos melhores eventos daquele ano no país.

Na Bélgica o Malefactor sem apresentou no Marching Evil Festival, ao lado de bandas da Bélgica (Iconoclasm), França (Sword e Arkhon Infaustus), e Inglaterra (Adorior e Throne of Nails). Na Alemanha o Malefactor fez uma mini-tour ao lado das bandas Pandemia e Fleshless, ambas da República Tcheka, aonde vendeu todo o seu merchandise e conquistou um grande número de apreciadores.

Na volta, Wallace foi substituído por Ricardo Sants e a The Darkest Tour passou por 12 estados do país, 3 países (Alemanha, Portugal e Bélgica), colocando a banda entre as mais representativas bandas do metal brasileiro.

Para 2003 o grupo deu mais uma guinada geral e volta a contar com Jafet Amoêdo no grupo, assina com o promissor selo brasileiro Maniac Records e gravando aquele que é para muitos um dos mais competentes e criativos álbuns do metal nacional, Barbarian.

A produção do disco ficou a cargo de Jerônimo Cravo, especialista em gravar heavy metal, e que residia nos Estados Unidos, trabalhando como produtor e engenheiro de som do lendário clube metálico Whiskey A-Go-Go. (Local aonde foi gravado o DVD do grupo norte-americano DEATH).

“Barbarian” traz 11 músicas com uma produção estupenda, que vêm a fortificar e muito o nome do metal brasileiro pelo mundo.

O disco veio com um selo indicativo da Revista Roadie Crew, recomendando-o como "um dos melhores álbuns nacionais de todos os tempos".

Além do disco o Malefactor, com o apoio incondicional da Maniac Records, gravou um vídeoclipe para a faixa “Followers of the Fallen”, que vêm como faixa multimídia no CD.

Em 2006 o Malefactor foi o único representante sul-americano no maior festival metálico do mundo, o Wacken Open Air, sendo este o primeiro show da tour do novo álbum Centurian. Logo em seguida a banda foi um dos destaques de mais um Brasil Metal Union, o maior festival do gênero do país, obtendo sucesso de crítica e público mais uma vez.

O disco “Centurian” trouxe participações muito especiais de nomes como Marcelo Pompeu Korzus, Nathan Thrall (ex-Avec Tristesse), Sandra Félix e Eduardo Pinho Ópera do Teatro Municipal de São Paulo e novamente foi lançado pela Maniac Records. Em 2008 os 2 últimos discos foram sendo re-lançados no Brasil pela Mutilation Records (SP) e com distribuição na Europa via Displeased Records (Borknagar, Blasphemy, Máster, Agathocles, Arcturus).