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Branda Liberdade

Maneva

Os olhos já não tem cor
No rosto, as marcas de uma vida dura que ele levou
No copo, o fogo que acalenta a dor
Nos olhos, a fumaça camufla a paisagem onde reina o terror
Liberdade, ela é branda e velada só de madrugada

Se acaba se o sol já raiou

Verdades não se desfazem com o tempo
Escolhas podem te fazer detento
Seus poros ele doou
Suor, é o vento que move os moinhos que geram valor
Pros bolsos daqueles que matam a cor
Da alma, entorpecendo sonhos que um dia almejar ele ousou
Engrenagens, bem montadas não param usando de graxa
As vidas que escravizou
A vida do trabalhador
Engrenagens, bem montadas não param usando de graxa
As vidas que escravizou
Leva a vida nos ombros caídos
Sem mesmo vê-la passar
Suas feridas não sangram, nem doem
Não podem fazê-lo parar
Mas um dia encontrará a paz
Se Deus quiser
Mas quando ele encontrar a paz

Terá outro sem seu lugar

Composição: Tales Mello de Polli





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