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Dias Cinzentos

Marcelo Kagueyama

Azul tão amarelo, verde.
Te vêem em meus olhos de tanto ver-te
Tantas nuvens em um pedacinho de céu
É plena arte, que chego a amar-te.

O amor se descontrola e controla o coração
Em meu peito tudo se penhora
Nos dias cinzentos o tempo pára
Mesmo assim eu perco a hora

As horas caem em gotas bucólicas e límpidas
Gotas tão suaves de menta e hortelã
Formam temporais, infindas gotas ancestrais.
Que trazem dias cinzentos e afã

Me afogo em águas lacustres
Mil vezes antes de acordar
Mil noites caminhando sem rumo
Mil sóis derretendo o verbo amar

Escrevo o meu Brasil com Z
Na pintura mais desconcertante da mente
E parto, para mais adiante,
Pedir um pouquinho de você

Flutuo sobre as nuvens
Mil estrelas para me orientar
Mil meteoros te afastam de mim
Mil luas para te reconquistar

Perco-me na fluorescência do lume
Vivo nas sobras do seu coração
E cada lágrima que cai de mim
Deixam retalhos dos sonhos no chão






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