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Olhos De Percevejo

Marcos Ungaretti

Dentro de mim há um ser sem final
Tento ver um sinal entre o bem e o mal.
Que milagres verei,
Nascerem de ti?
E o sol que a pouco saiu,
Me deixou a impressão,
Que vai logo morrer.

Vou dar um passeio, dou tchau para mim,
Mais embaixo uma mosca,picando e ardendo.
Só não devo esperar,
Voltar pro mesmo lugar,
Ouso aventurar,
Mas o eu que ficou,
Não para de chamar.

Sei que aonde vou existem estrelas,
Encobertas ou não, ainda hei de vê-las.
Misturo maré,
Com terras,
Areias,
E no mesmo lugar,
Um bocado de ar.

Te amo espanhola,num instante se foi,
E perdeu a razão,o momento passado.
E o tempo desfaz,
Meu olhar sem parar,
E a fé deixa entrar,
A energia do tempo,
A jorrar.

Olhos de percevejo querendo prender,
No instante, no ar, o momento fugaz,
Igual migalhas,
Em decomposição,
Ao invés de compor,
Uma nova visão,
E voar...

Carangueijos muçulmanos, comendo meus pés,
Na imagem impossível,a certeza do ser,.
Como pensam os ratos,
Cujo tempo é distinto,
É apenas dos ratos.
Dos pratos, lagartos,
Dos fatos.

Voltar para mim e rever meu ego,
Já não posso esperar, pois me vejo sem ar.
Que milagres verei,
Nascerem de mim,
E o sol que a poco saiu,
Me deixou a impressão,
Que vai logo morrer.

Composição: -





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