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Do Brasil (part. Laura Catarina)

Mariene de Castro

Falar do Brasil sem ouvir o sertão
É como estar cego em pleno clarão
Olhar o Brasil e não ver o sertão
É como negar o queijo com a faca na mão

Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão

Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão

Agradeça a Clemente
Que leva a semente
Em seu embornal
Zezé e o penoso balé
De pisar no cacau
Maria que amanhece o dia
Lá no milharal
Joana que ama na cama do canavial

João que carrega
A esperança em seu caminhão
Pra capital

Lembrar do Brasil sem pensar no sertão
É como negar o alicerce de uma construção
Amar o Brasil sem louvar o sertão
É dar um tiro no escuro
Errar no futuro da nossa nação

Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão

Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão

Agradeça a Tião
Que conduz a boiada do pasto ao brotão
Quitéria que colhe miséria
Quando não chove no chão

Pereira que grita na feira
O valor do pregão
Zé coco, viola, rabeca, folia e canção
Zé coco, viola, rabeca, folia e canção

Amar o Brasil é fazer do sertão a capital
Amar o Brasil é fazer do sertão a capital
Amar o Brasil é fazer do sertão a capital

Esse gigante em movimento
Movido a tijolo e cimento
Precisa de arroz com feijão

Que tenha comida na mesa
Que agradeça sempre a grandeza
De cada pedaço de pão

Composição: Vanderli Catarina





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