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A Máquina do Tempo

Mario Noya

Nós fomos pra Joinville comprar um opala
Que o rude falou na internet que estava zerado
E gente do bem normalmente garante o que fala
Descemos numa quarta feira de um feriado

Eu vim de Brasília e o brother foi de Barbacena
Minha mãe como sempre falou filho meu não vacile
Depois de passar uma semana de muito problema
num vôo de congonhas fui para Joinville

De fato o opala do rude era mesmo zerado
A gente comprou e de quebra arranjou um amigo
Paramos em Curitiba pra um chope gelado
Chegamos em sampa de noite sem nenhum perigo


Dei pala com quem viu o opala lá no figueira
Ficou de bobeira e o tempo voltou na memória
Entre porches, bms e mercas e a nata inteira
Mas clássico é clássico e tem seu lugar na história

Na máquina do tempo o tempo parou
Correndo só para relembrar
não posso consertar o que passou

O tempo o maior tesouro tem a juventude
Que hoje já não encontra tempo pra nada
Talvez esperando um momento que a coisa mude
e a vida lhe proporcione uma grande virada


Mas quando se vê o tal sonho virou pesadelo
E mesmo que queira vivê-lo já não rola mais
E o plano que você sonhou mas não pode fazê-lo
Na hora em que você tá pronto já ficou pra trás

Na máquina do tempo o tempo parou
Correndo só para relembrar
não posso consertar o que passou


E como final feliz só existe em novela
O opala quebrou na entrada da nossa cidade
Foi sorte arranjar um reboque uma hora daquela
Mas nada capaz de conter nossa felicidade

Chegamos em Belo Horizonte mais mortos que vivos
O Bola ficou bolado com a lata da fera
E para comemorar pequenos aperitivos
Que bom se fosse tudo na vida como a gente espera

Na máquina do tempo o tempo parou
Correndo só para relembrar
não posso consertar o que passou

Composição: -





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