Quando você chegou a minha perna ficou mole, fiquei sem
assunto, tomei mais um gole/ Esperei você passar e
perguntar se eu tô bem, respondi que sim e perguntei:
Cê tá também?/
Um simples sorriso e a alma se fortalece,
corpos se aquecem, problemas desaparecem/

O meu tempo para, nem sinto ele passar, meu sorriso
nem disfarça, pra quê disfarçar??/ você ri junto comigo,
me sinto bem contigo, somos mais do que amigos, velhos
conhecidos/ Uma noite de verão que algo novo nasceu,
silêncio no Brooklin, eu você, você e eu/

Ele me beijou e
comigo adormeceu e ao som de um lindo samba mais um
dia amanheceu/ Lembro de cada detalhe daquela
segunda-feira e cada vez que eu te encontro é como se
fosse a primeira/ Sinto o meu coração, como nos velhos tempos,

o meu sangue pulsa, quando bate, bate forte
e essa sensação que só dura um instante
irradia a minha alma e acalma o meu semblante/
E eu vou acordar sorrindo mesmo sem você do lado, não foi sonho
sua mão no meu cabelo cacheado/

Um beijo de macadame, um abraço apertado, seu perfume na minha blusa
um momento registrado/ Que quero congelar,
pra sempre eu guardar na memória
algo que sei que pode acabar/
Que dure para sempre na minha vida esse momento,
por isso que me permito esse sentimento intenso/ De viver, no limite da emoção,
sem saber o que vai ser, entregar
meu coração, melhor eu nem pensar
senão fico com medo
e se o telefone tocar ele recebeu o meu torpedo/

O meu corpo gela, o estomago remexe, a mão congela, no rosto
que não se mexe/ O que sinto é real, mas não vou perder
a linha e se der microfonia aí a culpa não é minha/

Sinto o meu coração, como nos velhos tempos, o meu
sangue pulsa, quando bate, bate forte e essa sensação
que só dura um instante irradia a minha alma e acalma
o meu semblante.