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Meu Xucrismo

Moraezinho

Eu fui criado numa fazenda já disse e repito agora
Os potros já me conhecem pelo tinido da espora
Não sou manso de cidade, meu xucrismo lá de fora
Por não respeitar serviço sou amigo pra qualquer hora.

Quando um potro corcoveia atiro o corpo pra traz
Tapeio o chapéu na testa com cisma de capataz.
Não uso travar esporas pra mostrar que sou capaz
Eu uso surrar cruzado como um bom ginete faz.

Minha cama é uma tarimba e um pelego bom de lã
Minha casa é um galpão grande com caibros de tarumã
Trago entranha do na pele o cheiro de picumã
Sou índio forte guerreiro, temente as leis de tupã.

Pelas veredas da vida eu sempre andei preparado
Em volta do meu pescoço um lenço branco amarrado
Um cinto cheio de bala, um revolver carregado
Pois sou um gaúcho e preservo os costumes do passado.

Composição: -





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