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Biografia de Oldemar Magalhães

Oldemar Magalhães, compositor e radialista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30/06/1912, e faleceu na mesma cidade, em 19/08/1990. Trabalhou na rádio Tupi da qual foi um dos fundadores.

Compôs principalmente marchas e sambas, gravadas principalmente nos anos 1950. Entre seus parceiros estão Humberto Teixeira, com quem compôs o samba Martírio, Wilson Batista com quem compôs a marcha Pé de ouro e Gilvan Chaves com quem compôs o baião Fé em Deus.

Seu mais constante parceiro foi Jota Júnior com quem compôs entre outras A onda do jacaré, Dora me disse, Garota bombom e Chorei, chorei. Entre seus intérpretes estão Flora Matos, Helena de Lima, Ademilde Fonseca, Blecaute, Virgínia Lane, Linda Batista e Moreira da Silva.

Em 1950, Flora Matos gravou o batuque Nega babalaô, parceria com J. Batista, Helena de Lima gravou o samba Martírio e Ademilde Fonseca o samba Meu senhor, todas pela Todamérica. Em 1951, obteve o seu maior sucesso, com a marcha Sassaricando, feita com Zé Mário (pseudônimo de Jota Junior) e Luiz Antônio por encomenda para a revista Jabaculê de penacho e gravada por Virgínia Lane pela Todamérica. A composição fez enorme sucesso no carnaval do ano seguinte e tornou-se um clássico do carnaval carioca.

Em 1952, Zilá Fonseca gravou a marcha Príncipe Maru e Araci Costa a rumba Rumba, rumba, com Rosalino Senos. Em 1953, Ruth Amaral gravou o samba Cena repetida, e Roberto Paiva o samba A carne é fraca, parceria com Luiz Antônio. No mesmo ano fez sucesso com o samba Barracão, outra de suas parcerias com Luiz Antônio, gravada originalmente por Heleninha Costa e logo depois por vários intérpretes, a mais célebre das quais viria a ser Elizeth Cardoso.

Em 1954, Zilá Fonseca gravou o samba canção Dois estranhos, parceria com Alberto Costa e Ruth Amaral o batuque General Guanabara, parceria com Sussu. Em 1955, Blecaute gravou a marcha Napoleão boa boca, parceria com Arnô Provenzano e Otolindo Lopes. Em 1957, Virgínia Lane gravou pela Transamérica a marcha Mão de gato, parceria com José Roberto, e Raul Moreno registrou também na Todamérica o samba Para sempre adeus, com Eden Silva e Nilo Moreira.

Em 1958, Odete Amaral gravou o samba Amor sincero, com Eden Silva e José Garcia e Jackson do Pandeiro o samba Sem querer, parceria com o próprio Jackson e José Garcia. No mesmo ano, Gilberto Alves gravou na Copacabana o samba Verbo amar, com Rubem Gerardi e Linda Batista gravou na RCA Victor o samba O morro está doente, parceria com Luiz Antônio. Em 1959, Hebe Camargo gravou na Odeon o rock balada Quem é, parceria com Osmar Navarro.

Em 1960, Nora Ney gravou na RCA Victor o samba Teleco teco nº 2, parceria com Nelsinho e o maestro Patané gravou com sua Orquestra Típica na Continental o tango Favela amarela, parceria com Jota Jr. No mesmo ano, Gilvan Chaves gravou o baião Fé em Deus, parceria de ambos. Em 1961, Emilinha Borba gravou pela Columbia o samba Demorei, parceria com João Oliveira e Dircinha Batista gravou pela Chantecler o samba Só mora comigo quem quer, parceria com João de Oliveira e Cirino.

Em 1962, Moreira da Silva gravou pela Odeon Que loura é essa?, parceria com Alberto Costa, Ary Cordovil, pela Continental, o samba O que ela me faz, parceria com J. Júnior e Mário Alves pela RCA Candem o samba Vai depressa, com João de Oliveira. No mesmo ano, obteve outro grande sucesso no carnaval, a Marcha do remador, parceria com Antônio Almeida e gravada por Emilinha Borba na Columbia e que se tornou muito cantada pelas torcidas de futebol pelos anos afora.

Em 1963, Araci Costa gravou na Continental os sambas "Quero chorar" e "Vem cá, João", ambos parcerias com João de Oliveira. Em 1964, Dircinha Batista gravou na Carrousel os sambas "Só você não vê", com João de Oliveira e William Duba e "Chegou saudade" com Candeias Jota Jr. No mesmo ano, Gilberto Alves gravou, na Copacabana, o samba "Verbo amar", com Rubem Gerardi.

Em 1965, teve gravados os sambas Eu vou embora, parceria com João de Oliveira, por Mário Alves na Philips e Fui covarde e A vida é uma cebola, parcerias com Linda Batista, gravados pela própria Linda Batista na RCA Victor. No mesmo ano, Cauby Peixoto gravou sua marcha A onda do jacaré, parceria com Jota Jr, na RCA Victor. Em 1966, Cauby gravou na RCA Victor a marcha Palhaço não chora, parceria com Jota Junior e Marlene na Continental gravoiu a marcha Samaritana, parceria com Jota Junior e Vicente Longo.

Em 1967, Gilberto Alves gravou na Copacabana outra de suas marchas com Jota Junior: Sarong, que também tinha Jurema Martins como parceira. No ano seguinte, Roberto Audi gravou na Odeon seu samba Linda madrugada, parceria com Jota Junior. Em 1969, fez com Jurema Martins e Cacilda Souza a marcha rancho É só você (É por você) gravada por Gilberto Alves na Copacabana.

Em 1972, a cantora Vanja Orico gravou seu baião Aproveita a maré, parceria com Alberto Jesus. Em 1978, teve o samba Deixa serenar, parceria com Sidney da Conceição, gravado por Martinho da Vila em LP da RCA Victor. No ano seguinte, Paulo Lopes gravou na CBS sua marcha Mulata de proveta, parceria com Vicente Longo. Em 1981, a vedete Virgínia Lane gravou na Top Tape sua marcha Meu time é o maior, parceria com Otolindo Lopes e Joper.